A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Goiás (Abrasel-GO) prevê demissão em massa de trabalhadores do setor no estado. Segundo o presidente Fernando Oliveira, a medida que determina o fechamento dos estabelecimentos para conter o avanço do coronavírus em território goiano, embora necessária, é muito danosa aos empresários.
Conforme ele explica, o movimento de bares e restaurantes já vinha caindo entre 30% e 70% desde a última sexta-feira (13). Com o fechamento, ele acredita que milhares de postos de trabalho serão perdidos. “Acredito que vai ter desemprego em massa. O comércio só vive de faturamento. Quando não fatura, não tem como pagar obrigações. O empresário já vinha se arrastando para sobreviver”, disse em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia.
Conforme dados da Abrasel-GO, somente na Grande Goiânia são 14 mil estabelecimentos e mais de 50 mil funcionários que serão prejudicados.
Medidas para conter danos
Para reduzir os danos, sindicatos patronais e laborais entraram em acordo para suspender contratos dos funcionários a partir desta quinta-feira (19). O período de suspensão pode vigorar de 30 dias ou até normalização do atendimento. Além disso, será possível dar férias coletivas, dividas em até quatro pagamentos, aos funcionários. A Abrasel-GO também faz lobby para que o governo libere saques do FGTS.
Além disso, Oliveira e outros dirigentes de classe se reúnem com o governador Ronaldo Caiado para discutir linhas de crédito e outras medidas para evitar prejuízos irrecuperáveis.
“Vamos estar em reunião com o governador para ver uma linha de crédito mais facilitada para o empresário poder pagar essas despesas essenciais nesse momento. As despesas não param. Não vamos faturar a partir de amanhã, mas as contas de água e energia chegam”, pontua.
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