Foi aberto nesta segunda-feira (7) o período de inscrição no curso de Atualização em Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), ofertado pelo Instituto Federal de Goiás (IFG), em parceria com o Ministério da Saúde. São 500 vagas na modalidade educação a distância. As inscrições vão até 27 de setembro, exclusivamente online.
As vagas são destinadas a profissionais de saúde com formação superior ou curso técnico na área. De acordo com o edital, para se inscrever, o interessados precisam preencher o formulário de inscrição e anexar a cópia digital do registro profissional ou certificado de conclusão de curso técnico ou de graduação na área da saúde. O cursista terá o período de 5 de outubro a 20 de dezembro deste ano para realizar a formação.
O curso, cuja carga horária é de 40 horas, será ministrado e organizado pela equipe de professores, pesquisadores e profissionais do projeto Iras, que são servidores do Instituto Federal de Goiás, do IF Pernambuco (IFPE) e das universidades federais de Goiás (UFG) e de Pernambuco (UFPE).
A professora do IFG – Câmpus Goiânia Oeste e coordenadora do curso, Charlise Fortunato Pedroso, destaca que a atualização é um produto de um projeto de pesquisa – o Projeto IRAS – e que a proposta é “ampliar o conhecimento de profissionais da área da saúde sobre as estratégias de detecção, prevenção e controle das infecções relacionadas à assistência à saúde, contribuindo para uma assistência de qualidade, diminuição em morbimortalidade e redução de custos na saúde”, comenta.
Segundo a professora, o curso de atualização conta, ainda, com uma equipe docente multiprofissional com expertises na área de infecção, o que contribui para o alcance de uma reflexão clínica e crítica dos cursistas, bem como uma equipe de suporte operacional à plataforma Moodle IFG.
Ementa
Entre os temas a serem abordados durante o curso, estão previstos: legislação sanitária vigente e as políticas públicas no âmbito nacional e da Organização Mundial da Saúde referentes às IRAS; biossegurança aplicada à assistência em saúde e em infecções emergentes (COVID-19); interface da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e o Programa de Segurança do Paciente.
Além disso, as interfaces entre o laboratório de microbiologia, farmácia hospitalar e a CCIH no monitoramento das IRAS; gerenciamento do uso de antimicrobianos; noções de epidemiologia e indicadores epidemiológicos no controle de IRAS. Por fim, inovações nas estratégias de prevenção e controle das IRAS.
Especificamente sobre os assuntos a serem abordados no curso, conforme está disponível no edital, serão realizados oito tópicos: Contexto histórico das Infecções Hospitalares; Higienização das mãos como meta internacional de prevenção contra as IRAS e em apoio ao programa de segurança do paciente; Limpeza, desinfecção e esterilização de superfícies, artigos e equipamentos em serviços de saúde; Interfaces entre o laboratório de microbiologia e as IRAS; Gerenciamento do uso de antimicrobianos; Noções de Epidemiologia e Indicadores para vigilância epidemiológica das IRAS; Prevenção e Controle das IRAS – topografias prioritárias para prevenção e controle – Anvisa – e Prontuário eletrônico na perspectiva da prevenção e controle IRAS.
Projeto IRAS
O objetivo do projeto é implantar uma ferramenta tecnológica digital em 20 hospitais, em Goiás e São Paulo, para realizar o monitoramento de prontuários de usuários de unidades de saúde que já tenham sido acometidos com IRAS e tenham histórico de internação nesses locais.
A partir desse mapeamento serão traçados os perfis das infecções desses usuários, os medicamentos já utilizados e outros tratamentos e informações que possam nortear a elaboração de políticas públicas e medidas de prevenção das IRAS. O intuito é contribuir, por exemplo, com a redução dessas infeções e de internações hospitalares.
O projeto de pesquisa é denominado Estudo epidemiológico de efetividade do monitoramento e controle de Infecções Relacionadas à Assistência em Saúde, pelo uso de uma ferramenta digital implantada no âmbito das Comissões de Controle de Infecções Hospitalares. O estudo está sendo realizado por um grupo de pesquisadores e profissionais da saúde do IFG, do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), e das universidades federais de Goiás (UFG) e de Pernambuco (UFPE). Com recursos do Ministério da Saúde, a pesquisa ocorre desde junho deste ano e com previsão de encerramento em agosto de 2021.
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