28 de agosto de 2024
Destaque 2

À TV Portuguesa, Lula chama Moro de “caricatura inventada pela imprensa brasileira”

Lula concede entrevista à imprensa portuguesa (Foto: Reprodução/RTP)
Lula concede entrevista à imprensa portuguesa (Foto: Reprodução/RTP)

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concedeu nesta sexta-feira (02/04) entrevista à RTP, emissora de Portugal. Na conversa além de falar sobre o futuro político, não esqueceu da Operação Lava-Jato e do ex-juiz Sérgio Moro definido pelo petista como uma “caricatura inventada pela imprensa brasileira”. “Ele não era sério”, disparou, antes de dizer que a Força-Tarefa era uma “quadrilha”.

“[Moro] Foi uma caricatura inventada pela imprensa brasileira que foi transformado quase num semi-deus e vendido ao mundo inteiro como um juiz sério. E o Moro não era sério”, explicou antes de falar que o juiz mentiu na condução do seu processo.  

“No meu processo ele mentiu o tempo inteiro. Eu dizia para ele que era mentira e que a verdade iria aparecer num certo tempo, o que nós estamos ganhando hoje na Justiça faz cinco anos que temos pedido através dos meus advogados. E nós conseguimos provar que eu não tinha nenhuma culpabilidade e qualquer relação com a Petrobrás”, destacou. No final das contas, o petista explicou que além de ter se livrado do processo, Moro se tornou suspeito por seu julgamento. “Não só fui absolvido de toda a relação com a Lava-Jato como o Moro foi considerado suspeito na votação da segunda turma da Suprema Corte”, destacou.

Por fim, definiu a Lava-Jato como organização criminosa. “Eu disse a vida inteira que eu ia brigar que o Moro era culpado e a Força Tarefa de Curitiba era uma quadrilha porque desde o começo eu provei minha inocência e consegui provar que a verdade ia vencer.” 

Bolsonaro desrespeita a ciência e os médicos brasileiros

Também não faltaram críticas à Bolsonaro. Segundo Lula, o presidente da República “não cuidou da questão da Covid-19” como deveria. “Receitou remédio”, se referindo ao kit covid-19 composto pela hidroxicloroquina e ivermectina, medicamentos que não possuem comprovação científica no combate à pandemia, além de desrespeitar a ciência.

“Temos um presidente que não cuidou da questão da Covid-19 com carinho e respeito. O tempo inteiro ele receitou remédio, disse que era uma gripezinha e disse que não era para as pessoas evitarem aglomeração. O tempo inteiro ele desrespeitou a ciência e os médicos brasileiros. Eu estou interessado em 2021 em garantir que todo o brasileiro tome vacina. Em garantir que o povo brasileiro ganhe um salário emergencial de pelo menos 600 reais para se manter. EU estou disposto a brigar para que os pequenos e micro empresários recebam também uma ajuda emergencial até terminar a covid-19 e estou interessado que o país tenha uma política de geração de empregos”, disparou.

Por isso, ele diz que não se preocupa com um futuro político em 2022 mas pensa atualmente. Na falta de um presidente atuante no combate à pandemia, ele mesmo quer ter esse protagonismo. “E a verdade venceu quando você pergunta sobre futuro político é dificil uma pessoa de 75 anos de idade ficar pensando muito no futuro político. Eu quero viver a cada dia e neste instante minha preocupação política é em 2021 porque primeiro precisamos vacinar todo o povo brasileiro”, salientou.


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