15 de agosto de 2024
Esportes

Saída de Ernando é uma questão matemática

O zagueiro Ernando não embarcou com a delegação do Goiás para Criciúma, onde a equipe enfrenta os donos da casa no domingo pelo Campeonato Brasileiro. Este é o sinal mais forte de que o jogador irá mesmo deixar a Serrinha, tendo como destino o Internacional de Porto Alegre.

A negociação se desenrola como uma novela mexicana. Há pouco mais de uma semana o Goiás foi procurado para ser informado pelo empresário e ex-jogador Roni do interesse do Colorado por Ernando, que já vinha negociando a renovação de seu contrato com Goiás, que se finda em dezembro deste ano.

A primeira decisão, a do zagueiro de deixar o Goiás, é lógica, é matemática. Por uma questão de responsabilidade administrativa, o clube goiano tem uma política de não contratar nenhum jogador com salário superior a R$130 mil, e essa foi a proposta máxima da cúpula esmeraldina a Ernando. A proposta do Inter é bem superior, R$250 mil. Nos bastidores da Serrinha comenta-se que o atleta aceitaria ficar no clube por R$200 mil.

Tudo indica que Ernando já assinou um pré-contrato com o time gaúcho, o que garante a ida do jogador para Porto Alegre em 2014 sem que o Goiás receba nada.

Veio então uma suposta negociação entre Goiás e Inter, suposta porque as duas diretorias negam. Nessas conversações o Colorado teria oferecido três jogadores de seu plantel para que o alviverde escolhesse dois, seriam o volante Bolatti, o meia Dátolo, ambos argentinos, além do meia-atacante Vitor Júnior.

Ainda segundo informações da imprensa gaúcha o Inter está disposto a arcar com os salários dos atletas até o fim do ano. Tudo isso porque o Colorado já possui quatro estrangeiros em sua equipe, o máximo permitido pela Confederação Brasileira de Futebol, e tem interesse na contratação do atacante argentino Javier Saviola, por isso precisa que pelo menos um estrangeiro deixe o Beira Rio.

Dos três atletas oferecidos, especula-se que Dátolo é o que tenha o salário mais alto, algo em torno dos mesmos R$250 mil oferecidos a Ernando, os outros dois teriam vencimentos em torno de R$200 mil. Assim, o Goiás poderia “lucrar”, na pior das hipóteses, R$2 milhões com dois atletas atuando em sua equipe até o fim da temporada.

O presidente esmeraldino, João Bosco Luz, disse na quarta-feira que Ernando ficaria até o final do ano, e que, até aquele momento não tinha aceitado a proposta de renovação, ou seja, sairia no final do ano, sem qualquer compensação financeira ou de jogadores ao Goiás.

Para zaga o Goiás tem como reserva imediato Valmir Lucas, que foi titular durante toda série B em 2012, além do experiente Lacerda e dos garotos Pedro Henrique e Felipe, que subiram da base do Goiás.

Se não liberar Ernando agora o Goiás terá o atleta por mais cinco meses, sabendo que ele não jogará no clube em 2014, e não conquistando nenhum retorno pela formação do jogador, que também é proveniente das categorias de base. Se liberar, por mais que seja um valor abaixo do que vale Ernando, o Goiás pode se beneficiar minimamente.

É tudo uma questão matemática.


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