24 de agosto de 2024
Notícias do Estado

“A legislação da Prefeitura de Goiânia cria dificuldades para cumprir as exigências”, diz representante do Sindpit-dog

Editor chefe do Diário de Goiás, Altair Tavares, durante entrevista com o proprietário do Buldgog's, Josias Lima e o presidente do Sindpit-dog, Ademildo Godoy
Editor chefe do Diário de Goiás, Altair Tavares, durante entrevista com o proprietário do Buldgog's, Josias Lima e o presidente do Sindpit-dog, Ademildo Godoy

Após uma reunião entre representantes da administração municipal de Goiânia e o Sindipit-dog, na última segunda-feira (5), foi suspensa a operação da Prefeitura para a remoção de pit dogs na capital. Em entrevista ao Diário de Goiás, Josias Lima, proprietário de pit dog e membro da entidade que representa o seguimento, afirmou que a própria Prefeitura cria dificuldades para a regulamentação dos empreendimentos.

“A maioria dos estabelecimentos que não tem alvará de funcionamento não é porque não quer ter, mas a própria legislação criada pela Prefeitura de Goiânia cria dificuldades para cumprir as exigências. Haja vista que a maioria dos companheiros estão com as licenças pagas, com os protocolos em mãos, mas ainda assim não conseguem o documento”, disse o dono do Buldogs, pit dog tradicional da cidade.

De acordo com o presidente do Sindpit-dog, Ademildo Godoy, ele conversou com o líder do prefeito na Câmara Municipal, o vereador Tiãozinho Porto, com parlamentares de oposição, para que trabalhem no projeto de lei que regulamento os estabelecimentos, no entanto, ainda não recebeu um retorno direto da administração municipal ou da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec).

Segundo Ademildo Godoy, a entidade sabe que existe inadimplência por parte dos proprietários e a cobrança não é questionada. “Nós estamos aguardando a lei, que é desorganizada, a todo momento surge uma brecha na legislação, que não é clara. A Prefeitura de Goiânia não sabe ao certo quantos pit dogs tem na capital, e não sabe porque não existe uma política séria para com o seguimento. Nós não vamos apoiar quem quer trabalhar na ilegalidade, mas a prefeitura não pode agir de forma truculenta, eu fiquei assustado com a ação”, disse ele, fazendo referência a destruição de um pit dog no Setor Marista.

Questionado sobre a quantidade de mesas que os estabelecimentos podem posicionar nas praças, Josias foi enfático ao dizer que os tempos mudaram. “Quando os pit dogs foram criados há 60 anos a realidade era outra, as pessoas faziam o lanche em pé. Atualmente, Goiânia tem 1,5 milhão de habitantes, não tem como manter esse padrão, um pit dog que tem 12 funcionários ter apenas cinco mesas. As mesas são colocadas nas praças, por exemplo, quando o movimento já diminuiu. Elas são colocadas de acordo com o espaço de cada um para poder atender, o que falta é vontade política”, afirmou ele.

Ainda de acordo com os representantes do Sindpit-dog, os empreendimentos geram cerca de dez mil empregos diretos em Goiânia, o que movimenta a economia, além de ter grande relevância social. De acordo com os registros da entidade, somando pit dogs e os lanchinhos, em frente aos hospitais, por exemplo, somam aproximadamente 1.600 comércios.   


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