Morta em fevereiro deste ano, a transexual Emanuelle Muniz foi vítima de homofobia. A conclusão é da Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO), que apresentou nesta terça-feira (2) quatro suspeitos pelo homicídio da jovem, de 21 anos. O corpo de Emanuelle foi encontrado às margens da BR-060, em Anápolis, pela mãe no dia 28 d fevereiro.
De acordo com o responsável pelas investigações, delegado Cleiton Lobo, os suspeitos serão indiciados por roubo, tentativa de estupro e homicídio qualificado. Em dois meses de investigação, a Polícia Civil apurou que Emanuelle foi morta a pedradas em 26 de fevereiro após sair de uma casa de festas, localizadas no barro Jundiaí, em Anápolis.
Daniel Lopes Caetano, 20, natural de Anápolis, assumiu a autoria do crime e, segundo a PC-GO, não demonstrou arrependimento. Os outros presos, Reinivan Moisés de Oliveira, 20, Sérgio Cesário Neto, 21, e Maurício Machado, 18, são de Goianésia.
De acordo com o delegado, Daniel teria abordado Emanuelle e oferecido uma carona. No entanto, ele teria roubado a jovem e tentado estuprá-la. Ao perceber que Emanuelle era transexual, os quatro decidiram assassiná-la.
Os suspeitos foram encaminhados à cadeia de Anápolis e o inquérito policial deverá ser encerrado em aproximadamente 30 dias. “Destaco a contribuição da população que acionou bastante o 197 com informações importantes que auxiliaram a resolução deste caso. […] Eles ficarão presos pelo tempo que for preciso”, informou Cleiton Lobo.
Aos detidos, a mãe de Emanuelle falou sobre a filha. “Apresentei quem era a Emanuelle para eles porque ela era uma pessoa cheia de sonhos, que foram interrompidos. Estou no meio da batalha, agora. Espero que eles sejam condenados pela Justiça”, disse a mãe.
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