19 de dezembro de 2024
Cidades • atualizado em 13/02/2020 às 01:11

A homofobia matou Emanuelle Muniz

Foto: internet
Foto: internet

Morta em fevereiro deste ano, a transexual Emanuelle Muniz foi vítima de homofobia. A conclusão é da Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO), que apresentou nesta terça-feira (2) quatro suspeitos pelo homicídio da jovem, de 21 anos. O corpo de Emanuelle foi encontrado às margens da BR-060, em Anápolis, pela mãe no dia 28 d fevereiro.

De acordo com o responsável pelas investigações, delegado Cleiton Lobo, os suspeitos serão indiciados por roubo, tentativa de estupro e homicídio qualificado. Em dois meses de investigação, a Polícia Civil apurou que Emanuelle foi morta a pedradas em 26 de fevereiro após sair de uma casa de festas, localizadas no barro Jundiaí, em Anápolis.

suspeitos de matar trans crime homofobiaDaniel Lopes Caetano, 20, natural de Anápolis, assumiu a autoria do crime e, segundo a PC-GO, não demonstrou arrependimento. Os outros presos, Reinivan Moisés de Oliveira, 20, Sérgio Cesário Neto, 21, e Maurício Machado, 18, são de Goianésia.

De acordo com o delegado, Daniel teria abordado Emanuelle e oferecido uma carona. No entanto, ele teria roubado a jovem e tentado estuprá-la. Ao perceber que Emanuelle era transexual, os quatro decidiram assassiná-la.

Os suspeitos foram encaminhados à cadeia de Anápolis e o inquérito policial deverá ser encerrado em aproximadamente 30 dias. “Destaco a contribuição da população que acionou bastante o 197 com informações importantes que auxiliaram a resolução deste caso. […] Eles ficarão presos pelo tempo que for preciso”, informou Cleiton Lobo.

Aos detidos, a mãe de Emanuelle falou sobre a filha. “Apresentei quem era a Emanuelle para eles porque ela era uma pessoa cheia de sonhos, que foram interrompidos. Estou no meio da batalha, agora. Espero que eles sejam condenados pela Justiça”, disse a mãe.

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