23 de dezembro de 2024
Cidades

Dissidentes não querem ser ouvidos, mas acatados, diz presidente da OAB

Presidente da OAB-GO, Lúcio Flávio.
Presidente da OAB-GO, Lúcio Flávio.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Secção Goiás (OAB-GO), Lúcio Flávio Paiva, afirmou nesta terça-feira (21) que apesar de ter sido ligado a um grupo durante a eleição de 2015, a partir do momento em que foi eleito, o seu compromisso maior é com a categoria, o que pode gerar insatisfação dos colegas da diretoria.

“Essa insatisfação decorre, sim, normalmente do exercício normal do poder que causa desgastes aquele que está com a caneta para decidir. Eu tenho um compromisso com o grupo, mas a partir do momento que o dia 27 de novembro virou dia 28, vale dizer, encerrou a eleição, meu compromisso maior é a advocacia e não com grupos de interesse”, afirmou.

Ao Diário de Goiás, o presidente ressaltou que ouve as sugestões de todos os integrantes da diretoria, os dissidentes e demais advogados. No entanto, existe diferença entre ouvir e colocar em prática, caso não seja algo que a presidência considere importante.

“Estamos sempre abertos. O que às vezes não conseguimos é atendê-los. Eu tenho dito que muita gente diz que quer ser ouvido, só que na verdade quer ser é acatado. Ouvir, a diretoria ouve a todos, mas não acata sempre e não acata todas as ideias. Entre ser ouvido e ser acatado vai uma diferença grande”, disse.

Durante a entrevista, Lúcio Flávio também fez um balanço sobre o pouco mais de um ano que está à frente da Ordem, as perspectivas para os próximos meses, entre outros assuntos.

Assista à entrevista:

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