23 de dezembro de 2024
Política

A Folha deu: Grupo de Cachoeira tinha versão prévia de edital do governo de Goiás

A Folha de São Paulo publica, na edição de hoje, que foi encontrada, na casa de integrantes do grupo de Carlos Cachoeira, uma versão prévia de um edital da AGETOP (Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas) que foi lançado em 2012. O documento continha regras e indic que o grupo sabia do conteúdo antes do lançamento dele.

Segundo a Folha, “o edital lançado pela Agetop e a minuta encontrada com o grupo de Cachoeira não são idênticos, mas têm o mesmo sentido. As especificações dos serviços a serem prestados pela empresa contratada são semelhantes, embora não tenham a mesma redação”.

A Polícia Federal identificou, segundo a Folha, que “oOs documentos encontrados com Garcez faziam referência ao ano de 2011 e definiam regras para a contratação de uma empresa de consultoria que ficaria responsável pelo gerenciamento de um programa de obras rodoviárias em Goiás”. É fato conhecido que em maio de 2011 foi lançado o Rodovida.

Em resposta, a Agetop informou à Folha que “jamais” enviou minutas de editais “a quem quer que seja” e disse que vai investigar o caso.

A questão duvidosa sobre o caso é que não é prática da administração que os editais formulados dentro do governo só são divulgados quando estão finalizados.

A divulgação prévia para supostos concorrentes implica no oferecimento de vantagens a algum competidor. O que a investigação pode apontar é se isso realmente aconteceu ou não.

Segundo a Folha de São Paulo, há duas possibilidades para a descoberta da Polícia Federal: ou o grupo Cachoeira teve acesso antecipado, ou estava montando um edital para ser apresentado à AGETOP. No dois casos, há indícios de favorecimento.

Investigação

“O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), é investigado pela CPI do Cachoeira e em inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por supostamente ter permitido que Cachoeira tivesse influência em nomeações e contratos durante sua gestão”, informou a Folha.

Neste caso, a figura de Wladimir Garcez novamente aparece. A Polícia Federal também encontrou documentos no computador dele. Garcez autuou como assessor de Cachoeira e representante da DELTA. As investigações da Polícia Federal e do Ministério Público já identificaram os contatos frequentes ele Garcez e Jayme Rincón.

Outro nome que aparece neste relacionamento é o de Toninho Perillo, irmão do governador Marconi, que, segundo informou a Folha de São Paulo, “orientou Garcez, em fevereiro deste ano, sobre qual estratégia o grupo de Cachoeira deveria adotar em uma outra licitação também na Agetop”.

À Folha, a Agetop informou que abrirá um procedimento administrativo para investigar o caso. A Agência afirmou que a minuta encontrada pela PF “nada tem a ver” com o teor do edital da licitação em andamento no órgão.

Seguindo estratégias anteriores, a Agetop afirma, segundo a folha, “que é Wladimir Garcez quem deve explicações sobre o fato de uma minuta de edital ter sido encontrada em seu poder”.

A Agetop vai além e informou que vai à Justiça contra Garcez, caso ele tenha participação em “qualquer ato ilicito” dentro da agência.

Acesse a matéria completa na Folha, de hoje.

 

 


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