07 de agosto de 2024
Negociação travada

À espera de recursos, empresas pedem mais tempo para apresentar proposta de reajuste aos motoristas do transporte coletivo

Presidente do SET vê avanços no transporte coletivo e promete apresentar em breve uma nova proposta
Motoristas do transporte coletivo à espera de nova proposta
Motoristas do transporte coletivo à espera de nova proposta

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo da Região Metropolitana (SET) alegou que as concessionárias ainda passam por dificuldades financeiras decorrentes da pandemia e vê “avanço” na reestruturação do sistema de transporte coletivo que está em curso pelo Poder Público. Ainda assim, pediu tempo para apresentar uma proposta aos motoristas que atuam no atendimento ao serviço à população da Região Metropolitana de Goiânia. Uma nova reunião que acontecerá na Superintendência Regional do Trabalho ficou marcada para o próximo dia 25 de abril.

Ontem (14/04), tanto SET como o Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo) sentaram à mesa mais uma vez para discutir a renegociação salarial. Foi o segundo encontro entre as partes sendo que uma reunião há duas semanas foi adiada por que o SET ainda não tinha elaborado uma proposta. A alegação era que os recursos que o Governo de Goiás, juntamente com a Prefeitura de Goiânia, Aparecida e Senador Canedo ainda não haviam caído na conta das empresas.

Sem os recursos na conta, a proposta também não foi apresentada nesta quinta-feira (14). Participante da reunião, o presidente do SET, Adriano de Oliveira, sequer apresentou um índice aproximado. Apenas pontuou que houveram “avanços no sistema de transporte, havendo ainda a necessidade de inaugurar uma nova fase, e voltar a ter um transporte satisfatório, com valorização dos trabalhadores e melhora da capacidade econômica das empresas.”

A conta, no entanto, não está guardada a sete chaves e os valores já são de conhecimento do SET. De acordo com estudos feito pela Agência Goiana de Regulação (AGR) o custo mensal para financiamento de todo o serviço chega a R$ 22.127,492. Com 41,2% na participação, o Governo de Goiás e a Prefeitura de Goiânia colocam R$ 9.116,527, cada. Aparecida, com 9,4%, entra com R$ 2.079,984. Senador Canedo com a menor fatia, 8,2%, R$ 1.814,454. No total, o grupo chega a R$ 265.529,901 anualmente.

Seja como for, no dia 25 de abril, as tratativas entre ambas as partes já irão para mais de trinta dias. No dia 23 de março, SET e Sindicoletivo tiveram a primeira reunião para colocar as propostas em negociação. 


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