SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em um evento com muitos servidores de prefeituras aliadas e cabos eleitorais pagos, o candidato à presidente pelo PSDB, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que a campanha está esquentando agora e reciclou discurso de Ulysess Guimarães ao dizer que “a caravela vai partir”.
Logo após pesquisa Ibope divulgar que o tucano permanece com 9% embolado com outros três candidatos no segundo lugar da disputa, na noite de terça-feira (11), ele participou de ato do PSDB em clube de metalúrgicos de Osasco. O evento começou cheio e foi esvaziando antes da vez de Alckmin falar.
Alckmin fez um discurso focado na economia, em que prometeu que o país cresceria 4% se fosse eleito e que mudaria a forma de correção do FGTS, hoje abaixo da inflação.
No local, parte do público disse à reportagem afirmou que preferia estar em casa naquele horário.
Duas cabos eleitorais já haviam desistido de mexer a bandeira e afirmaram que foram contratadas para atuar em campanha de candidatos por 37 dias, sem folgas, pelo salário de R$ 1.700. Já uma mulher de meia-idade afirmou à reportagem não ter ganhado nada, mas que era funcionária da prefeitura de Jandira (SP) e teve de assinar uma lista de presença.
“O FGTS nos últimos anos foi valorizado menos que a inflação”, dizia Alckmin. “A partir do ano que vem o FGTS vai ser corrigido pela TLP [taxa de longo prazo], que é o dobro da inflação”.
Alckmin também voltou a reciclar discurso clássico de Ulysses Guimarães, o que já havia feito ao menos no ano passado e em 2008. “A caravela vai partir”, começou o discurso, que termina com “Terra à vista! Terra da justiça, da liberdade”.
Ao fim do evento, Alckmin foi cercado por correligionários para selfies.
A jornalistas, afirmou que a campanha agora vai “pegar o rumo mais forte”. “Nós estamos aí trabalhando para chegar no segundo turno. Uma campanha curta e de chegada”, disse ele. “Agora que estamos começando a viajar. E uma campanha muito fragmentada, porque são 13 candidatos. Mas vai caminhar para unificar lá na frente.
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