Durante coletiva de imprensa, nesta segunda-feira (29), ao lado do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a união entre os países latino-americanos. O presidente brasileiro afirmou que a “América do Sul precisa trabalhar como bloco”.
De acordo com Lula, juntos, os países têm maior força de negociação. “Se a gente estiver junto, nós temos 450 milhões de pessoas, a gente tem um PIB de quase US$ 4,5 trilhões. A gente tem força no processo de negociação e é por isso que esse momento [cúpula] é importante”, acrescentou.
Cúpula
O presidente da Venezuela, que veio ao Brasil para a reunião de líderes sul-americanos convocada pelo governo brasileiro, desembarcou em solo brasileiro na noite de domingo (28). Na próxima terça-feira (30) haverá um encontro com 11 presidentes da América do Sul no Palácio do Itamaraty. O objetivo da reunião é discutir a integração regional dos países sulamericanos.
Até o momento, além de Maduro, os presidentes de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Suriname, Uruguai também já confirmaram presença. Um encontro desse porte não ocorre há, pelo menos, sete anos.
Alianças
O principal objetivo da cúpula é retomar o diálogo entre países sul-americanos, uma das prioridades do governo Lula. De acordo com a embaixadora e secretária de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Gisela Padovan, há interesse de Lula em restabelecer o diálogo, mesmo com divergências entre os países. “Temos consciência que há diferença de visão e diferenças ideológicas entre os países, mas ele [Lula] quer reativar esse diálogo a partir de denominadores comuns com os países”, explicou.
Nesse sentido, a expectativa gira em torno de discussões sobre formas mais concretas de ampliar a integração entre as nações latinas. Entre as perspectivas, a possibilidade de criação ou reestruturação de um mecanismo de cooperação sul-americano, que reúnas todas as nações da região.
Com informações da Agência Brasil
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