No primeiro mês do ano, celebra-se o Janeiro Branco, uma campanha dedicada à conscientização sobre a importância da saúde mental. A escolha de janeiro, tradicionalmente associado a recomeços e planejamento para o ano, reforça a ideia de que é o momento ideal para refletir sobre o bem-estar emocional e psicológico.
Cuidar da saúde mental é essencial porque ela impacta diretamente todos os aspectos da vida, como as relações pessoais, o desempenho profissional e a qualidade de vida. Por isso, abaixo, o Dr. Marcio J. Dal-Bó, psiquiatra, psicanalista e professor da UniSul, a convite da Inspirali, principal ecossistema de educação médica do país, lista algumas dicas para manter o bem-estar social e psicológico. Confira!
1. Autoconhecimento
As pessoas são diferentes umas das outras – são únicas –, e cada uma tem seus gostos, desgostos, afinidades, dificuldades. Não existe algo que tenha o mesmo valor para todos. O que ajuda na boa saúde mental é cada pessoa ter possibilidade de descobrir suas especificidades e viver em acordo com elas. Essa busca pode ser um desafio, mas vale a pena.
2. Férias
As férias são importantes, desde que sejam períodos de tranquilidade, descanso e prazer. Mas é essencial que a pessoa esteja bem em seu período de trabalho, na sua vida rotineira, pois não é algo separado da vida pessoal. É importante planejar férias levando em conta a própria individualidade, gostos pessoais, afinidades, amigos, amores etc.
3. Cuidados pessoais
Viver uma vida desconectado do que se é, com desprezo à própria história, gostos e afinidades, é uma forma de descuidar da saúde mental. Estar desconectado de si é descuidar da saúde mental, além de ser um prato cheio para doença mental.
4. Redes sociais
Nos dias de hoje, com a velocidade das informações, as pessoas acabam tendo que pensar mais rápido, dar respostas rápidas, sem tempo de pensar, e isso pode causar uma certa angústia. Neste contexto, as redes sociais acabam influenciando a saúde. É importante criar uma conexão saudável em suas redes, com espaços de discussão, de troca de ideias, de respeito às diferenças, pensando na individualidade.
5. Rede de apoio
Ter uma rede de apoio que se possa contar é imprescindível. A sensação de desamparo e solidão é massacrante. Uma rede de apoio pode ajudar em uma retomada após um período difícil e/ou evitar um desastre. Mas é importante que as pessoas reflitam sobre o porquê se sentem tão sozinhas e qual sua participação nesta condição. Assumir as próprias responsabilidades na qualidade da própria vida é libertador.
6. Tratamento
É importante buscar um tratamento que ajude a reconhecer os reais motivos de insatisfações. Tratamentos rápidos são importantes para urgências e emergências, mas um profissional conseguirá reconhecer bem seu paciente a longo prazo e ter a chance de ajudar a entender e compreender a sua existência única.
Por Juliana Antunes
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