Cerca de 40% dos eleitores de Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) dizem que votariam “com certeza” no candidato apoiado por Luiz Inácio Lula da Silva. O percentual indica que a dupla travará uma batalha acirrada com Fernando Haddad (PT), que deve substituir o ex-presidente na corrida.
Marina e Ciro são os candidatos que mais crescem quando Lula é excluído do cenário eleitoral. A ex-senadora herda parte dos votos do petista e sobe de 8% para 16%. Já Ciro passa de 5% para 10%.
Boa parte do eleitorado da dupla, no entanto, permanece na zona de influência do ex-presidente. Entre aqueles que declaram voto em Marina, 38% dizem que escolheriam o nome apoiado por Lula. No caso de Ciro, esse índice é de 42%.
Se todos esses eleitores migrarem de Marina e Ciro para o campo de Haddad, a ex-senadora cairia para 10% e o ex-governador cearense recuaria para 6%.
A última pesquisa do Datafolha indica que a corrida pode sofrer alterações porque uma proporção significativa de entrevistados não sabe quem Lula apoiará ao ter sua candidatura barrada.
Entre eleitores de Marina, 52% não sabem responder quem será o substituto de Lula e 23% acham que a ex-senadora terá o apoio do petista. Só 7% respondem que Haddad será apadrinhado pelo ex-presidente.
No grupo de Ciro, 41% não sabem quem substituirá Lula, 23% apontam o próprio ex-governador do Ceará e outros 19% indicam Haddad.
Os casos de Marina e Ciro sugerem um potencial de migração de votos dada a forte conexão do eleitorado da dupla com Lula -embora a influência do ex-presidente se aplique aos apoiadores se outros candidatos.
Dos eleitores de Geraldo Alckmin (PSDB), 27% dizem que votariam no candidato de Lula. Esse índice é de 24% entre os apoiadores de Alvaro Dias (Podemos) e de 13% no eleitorado de Jair Bolsonaro (PSL).
O Datafolha ouviu 8.433 pessoas em 313 municípios. A margem de erro do levantamento, uma parceria da Folha de S.Paulo e da TV Globo, é de dois pontos percentuais para mais ou menos. O nível de confiança é de 95%.
Levantamento registrado na Justiça Eleitoral sob o protocolo BR 04023/2018. (Folhapress)
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