Os beneficiários do Residencial João Paulo II, segunda etapa, localizado na região Norte de Goiânia, esperam há anos pelas 230 unidades habitacionais, construídas em parceira entre a Agência Goiana de Habitação (Agetop) e a Caixa Econômica Federal (CEF).
Diversos fatores atrasaram a manutenção e conclusão das obras, como readequação de projetos, a pedido da CEF, e a Operação Alicerce, deflagrada pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) em 26 de outubro de 2017 para apurar um suposto esquema de fraudes nas inscrições do Residencial.
Por nota, a Agehab informou ao Diário de Goiás que as obras foram retomadas e que a previsão de conclusão e entrega aos beneficiários é de um ano. O investimento total do Residencial ultrapassa R$ 15 milhões.
Veja a nota na íntegra:
A Agência Goiana de Habitação (Agehab) informa que a obra de construção de 230 unidades habitacionais na segunda etapa do Residencial João Paulo II já foi retomada. Com a reprogramação da obra, foi estabelecido cronograma de 12 meses com a construtora para conclusão das moradias. A Agehab esclarece que a obra sofreu atrasos devido à redefinição de projetos para atender demandas feitas pela Caixa Econômica Federal, parceira no empreendimento. O período chuvoso também comprometeu o cronograma de execução do empreendimento, que abrange obras de infraestrutura, galerias pluviais e pavimentação asfáltica. O investimento total no residencial supera os R$ 15 milhões, parceria Agehab e Caixa.
Operação Alicerce
Deflagrada em 26 de outubro de 2017, a Operação Alicerce prendeu o ex-vereador Maurício Beraldo, suspeito de ser o líder de um suposto esquema de fraudes em inscrições de famílias de baixa renda em ações de moradia popular no residencial João Paulo. À época, ex-parlamentar foi levado a Casa de Prisão Provisória.
Além de Maurício Beraldo foram presas outras sete pessoas, incluindo a esposa, Maria Aparecida Silveira, e a irmã do ex-veredaor, Emília. De acordo com o Ministério Público do Estado de Goiás, Beraldo presidiu até o ano de 2002, a Sociedade Habitacional Comunitária (SHC). Logo após assumiu Pedro Bezerra que ficou no cargo até que a esposa de Beraldo, Maria Aparecida, passou a ocupar oficialmente a presidência da SHC. No entanto, segundo as investigações, Beraldo era o presidente oculto. O grupo é acusado de enriquecimento ilícito e de aproveitamento político.
Questionado, o MP-GO não soube informar como está a situação da investigação, que é comandada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público.
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