19 de dezembro de 2024
Brasil

22 pessoas permanecem presas na Lava Jato

Um levantamento divulgado nesta semana pela força-tarefa da Operação Lava Jato mostra que 22 pessoas continuam presas preventivamente na investigação -o que representa 8% do total de denunciados até agora.

Dos 22 presos, mais da metade já foi condenada pelo juiz Sergio Moro, que cuida dos processos da Lava Jato em primeira instância. Entre eles, estão os empresários Marcelo Odebrecht e Leo Pinheiro, o ex-ministro José Dirceu, o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e os ex-parlamentares Pedro Corrêa, André Vargas e Luiz Argôlo.

Também há presos que ainda não foram condenados, no caso das prisões mais recentes. É o caso do ex-governador Sérgio Cabral, do ex-ministro Antonio Palocci e do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.

Desde o início da operação, em março de 2014, foram decretadas 79 prisões preventivas -mas, com o passar do tempo, a maioria foi revogada por Moro, que entendeu que já não havia risco à ordem pública.

Muitos dos que deixaram a prisão usam tornozeleiras eletrônicas ou estão impedidos de deixar o país, fizeram acordos de delação (cerca de metade deles) ou confessaram parte dos crimes.

A força-tarefa já denunciou 260 pessoas, em cerca de 50 ações penais. O número de presos, portanto, representa 8,4% dos denunciados.

Para os procuradores, é uma demonstração de que as prisões são usadas de forma “excepcional e parcimoniosa”. O número de prisões da Lava Jato já foi considerada excessiva por advogados que atuam em favor dos acusados.

Quem continua preso preventivamente pela Lava Jato:

Adir Assad – empresário apontado como operador do esquema – condenado

André Vargas – ex-deputado federal pelo PT – condenado

Antonio Palocci Filho – ex-ministro da Casa Civil

Carlos Emanuel de Carvalho Miranda – assessor de Sérgio Cabral

Eduardo Cunha – ex-presidente da Câmara

Eduardo Aparecido Meira – apontado como operador do esquema

Flávio Macedo – apontado como operador do esquema

Gim Argello – ex-senador – condenado

João Cláudio Genu – ex-assessor do deputado José Janene – condenado

João Vaccari Neto – ex-tesoureiro do PT – condenado

Jorge Zelada – ex-diretor da Petrobras – condenado

José Augusto Rezende Henriques – apontado como operador do esquema – condenado

José Dirceu – ex-ministro da Casa Civil – condenado

Leo Pinheiro – sócio da OAS – condenado

Luiz Argôlo – ex-deputado federal pelo PP – condenado

Marcelo Odebrecht – sócio da Odebrecht – condenado

Paulo Adalberto Alves Ferreira – ex-tesoureiro do PT

Pedro Corrêa – ex-deputado pelo PP – condenado

Renato Duque – ex-diretor da Petrobras – condenado

Rodrigo Tacla Duran – advogado apontado como operador do esquema

Sérgio Cabral – ex-governador do Rio

Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho – assessor de Sérgio Cabral

(FOLHA PRESS)


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