Um levantamento divulgado nesta semana pela força-tarefa da Operação Lava Jato mostra que 22 pessoas continuam presas preventivamente na investigação -o que representa 8% do total de denunciados até agora.
Dos 22 presos, mais da metade já foi condenada pelo juiz Sergio Moro, que cuida dos processos da Lava Jato em primeira instância. Entre eles, estão os empresários Marcelo Odebrecht e Leo Pinheiro, o ex-ministro José Dirceu, o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e os ex-parlamentares Pedro Corrêa, André Vargas e Luiz Argôlo.
Também há presos que ainda não foram condenados, no caso das prisões mais recentes. É o caso do ex-governador Sérgio Cabral, do ex-ministro Antonio Palocci e do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.
Desde o início da operação, em março de 2014, foram decretadas 79 prisões preventivas -mas, com o passar do tempo, a maioria foi revogada por Moro, que entendeu que já não havia risco à ordem pública.
Muitos dos que deixaram a prisão usam tornozeleiras eletrônicas ou estão impedidos de deixar o país, fizeram acordos de delação (cerca de metade deles) ou confessaram parte dos crimes.
A força-tarefa já denunciou 260 pessoas, em cerca de 50 ações penais. O número de presos, portanto, representa 8,4% dos denunciados.
Para os procuradores, é uma demonstração de que as prisões são usadas de forma “excepcional e parcimoniosa”. O número de prisões da Lava Jato já foi considerada excessiva por advogados que atuam em favor dos acusados.
Quem continua preso preventivamente pela Lava Jato:
Adir Assad – empresário apontado como operador do esquema – condenado
André Vargas – ex-deputado federal pelo PT – condenado
Antonio Palocci Filho – ex-ministro da Casa Civil
Carlos Emanuel de Carvalho Miranda – assessor de Sérgio Cabral
Eduardo Cunha – ex-presidente da Câmara
Eduardo Aparecido Meira – apontado como operador do esquema
Flávio Macedo – apontado como operador do esquema
Gim Argello – ex-senador – condenado
João Cláudio Genu – ex-assessor do deputado José Janene – condenado
João Vaccari Neto – ex-tesoureiro do PT – condenado
Jorge Zelada – ex-diretor da Petrobras – condenado
José Augusto Rezende Henriques – apontado como operador do esquema – condenado
José Dirceu – ex-ministro da Casa Civil – condenado
Leo Pinheiro – sócio da OAS – condenado
Luiz Argôlo – ex-deputado federal pelo PP – condenado
Marcelo Odebrecht – sócio da Odebrecht – condenado
Paulo Adalberto Alves Ferreira – ex-tesoureiro do PT
Pedro Corrêa – ex-deputado pelo PP – condenado
Renato Duque – ex-diretor da Petrobras – condenado
Rodrigo Tacla Duran – advogado apontado como operador do esquema
Sérgio Cabral – ex-governador do Rio
Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho – assessor de Sérgio Cabral
(FOLHA PRESS)
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