12 de agosto de 2024
Cidades

2017 termina com indefinição nas obras do BRT

Obra está parada em frente a Rodoviária de Goiânia (Foto: Samuel Straioto)
Obra está parada em frente a Rodoviária de Goiânia (Foto: Samuel Straioto)

As Obras do BRT Norte Sul terminam 2017 da mesma forma que começou o ano, ou seja, paradas. Uma das poucas movimentações é do mosquito Aedes Aegypti que tem aproveitado a água parada nos criadouros formados nos canteiros de obras abandonados. Lixo tem tomado conta da paisagem. O prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), cobra da Caixa e do Ministério das Cidades a autorização para retomada das obras.

No início do ano as obras estavam paradas porque a Prefeitura de Goiânia não havia feito o pagamento de contrapartidas. A administração municipal fez o pagamento e a obra foi retomada. Porém no mês de julho, houve nova paralisação. Desta vez, o motivo foi a suspeita de irregularidades na obra do BRT.

A suspeita da Controladoria Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU) é que havia sobrepreço em alguns itens. No entanto, ao ser apresentada a justificativa de que ao ser adotado o Regime Global de Preços, o custo total está dentro do previsto. Os órgãos de controle tiveram o mesmo entendimento. Mas falta ainda autorização do Ministério das Cidades e da Caixa Econômica Federal para que seja autorizada a retomada da obra.

Nesta quinta-feira (28), durante a última Frente de Serviços do ano, realizada no Residencial Buena Vista, o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), voltou a reclamar da indefinição do processo. O gestor lembrou do andamento do processo da obra neste ano, e manifestou insatisfação quanto a indefinição de quando ocorrerá a retomada das obras do BRT.

“Todas as autoridades federais com as quais nós temos relacionamento estão interferindo para resolver essa questão, porque a prefeitura deu motivo para suspender na administração passada que foi o não pagamento da contrapartida, eu assumi a prefeitura no quinto e com todo o sacrifício pagamos R$ 6 milhões. Então foi recomeçado o trabalho e daí a 15 dias suspenderam de novo como se isso fosse um brincadeira. Nós estamos chamando na responsabilidade a Caixa Econômica Federal. Ela está a dever uma explicação a Goiânia. Por que recebeu da nossa administração o dinheiro que faltava, autorizou e depois suspende. Eu disse ao próprio presidente nacional da Caixa Econômica Federal: Goiânia não estar a merecer esse tratamento”, afirmou.

Uma próxima reunião está programada para o início de janeiro em Brasília entre representantes da Prefeitura de Goiânia e do Governo Federal. A data provável da discussão é dia 12 de janeiro. O secretário da Infraestrutura e Obras (Seinfra), Fernando Cozzetti, espera que o problema seja solucionado logo para que a retomada das ações ocorra o quanto antes.

“Com relação ao BRT, nós temos reunido constantemente com o ministério e com a Caixa. Agora entrou na discussão o Ministério Público Federal (MPF). Foram intimados todos os envolvidos para pôr fim a questão. Há sim alguns preços acima, mas ao olhar o conjunto da obra, há um subpreço de R$ 12 milhões. Estamos aguardando”, afirmou.


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