A partir deste sábado (9), entrará em funcionamento o sistema Produtor de Água, Mauro Borges, que irá distribuir água do Ribeirão João Leite para parte de Goiânia, reforçando o sistema Meia Ponte. A promessa é que a carência de água seja diminuída de forma imediata em bairros da região norte da capital. O governador em exercício, José Vitti e o presidente da Saneago, Jalles Fontoura, acompanhados de técnicos da empresa de saneamento estiveram na Estação de Tratamento de Água do Ribeirão João Leite.
De acordo com o presidente da Saneago, Jalles Fontoura, assim que o sistema Mauro Borges for ligado, 20 bairros que estão situados mais próximos a barragem do Ribeirão João Leite, ao norte de Goiânia serão atendidos já de forma imediata. Até o final de setembro a previsão é que 70 bairros já estejam recebendo água do João Leite e não mais do Rio Meia Ponte.
“Essa é a informação que tenho por parte dos diretores. Que a partir de sábado estará regularizado e os bairros que estão mais próximos serão os primeiros que vão receber a notícia da volta da água em suas casas”, destacou o governador em exercício, José Vitti.
Desta forma, segundo a Saneago, a expectativa é que várias regiões ao não precisar mais de abastecimento do Meia Ponte, desafogará o sistema, aumentando a oferta de água para as regiões que estão carentes.
“Haverá uma ocupação gradativa do sistema João Leite. O importante é que já começa agora e nós vamos ter o alívio da pressão sobre o Meia Ponte, com uma água de excelente qualidade”, explicou Jalles Fontoura.
Longo prazo
Para que o sistema consiga atender em maior capacidade, levando água para outras regiões de Goiânia e chegando a Aparecida, será preciso fazer a ligação, por meio de uma adutora, que Jalles Fontoura chama de “linhão”. A expectativa é que o processo seja concluído somente em 2019.
“A expectativa é de não faltar água em Goiânia a partir de setembro. A ligação é aos poucos, adutoras, engenharias, testes. Estamos envolvidos neste processo. Aparecida ainda terá um grande investimento para fazer a partir do “linhão”. É um investimento mais longe. Pelo lado leste somente em 2019, mas na parte oeste, deste agora”, explicou o presidente da Saneago.
Futuro
Após a conclusão do Sistema Mauro Borges, a partir do Ribeirão João Leite, a Saneago pretende fazer outro reservatório. O Rio Meia Ponte foi descartado. Jalles Fontoura explicou que estudos foram feitos e foi identificado que o melhor é preservar o manancial, recuperando as matas ciliares e afluente do principal rio de Goiânia e que é o 7º mais poluído do Brasil.
Segundo o presidente da Saneago, a proposta é de fazer um novo reservatório a partir do Rio Caldas que passa por municípios como Bonfinópolis e Caldazinha, ambos situados na região Metropolitana de Goiânia, ao leste da capital.
“Nós já fizemos estudos e não compensa. O Meia Ponte precisa de uma política de preservação de matas ciliares, de controle. Fazer um lago como esse do João Leite é impraticável, seria um preço muito alto e não teria sentido. O ideal é otimizar a bacia do João Leite, o projeto pode ainda ser duplicado, o projeto é para 8 mil litros por segundo. Nós vamos inaugurar somente com a metade e é melhor começar a pensar no Caldas. É outro rio é outro manancial e poderá ser trabalhado mais à frente”, destacou.
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