22 de novembro de 2024
Destaque 2 • atualizado em 24/11/2020 às 09:35

A vacina Sputnik tem eficácia acima de 95%, diz Rússia

Vacina russa Sputnik. Foto: Governo da Rússia
Vacina russa Sputnik. Foto: Governo da Rússia

A Rússia anunciou nesta terça-feira (24/11) que a vacina Sputnik V, do Instituto Gamaleya, contra a covid-19 teve eficácia “acima de 95%” 21 dias após a segunda dose da vacina e 42 dias após a primeira dose. Apesar da boa notícia, estes dados ainda são iniciais e não foram ainda publicados em revista científica, como é de praxe.

O governo russo informou também que 7 dias após a aplicação da segunda dose (e 28 dias após a primeira dose, isto é, antes de apresentarem estes números desta terça-feira), a eficácia vista foi de 91,4%. Ainda de acordo com os dados, 18.794 pessoas participaram do teste. Foram 14.095 que receberam a vacina, em ambas as doses. E as outras 4.699 receberam uma substância inativa (placebo).

Das pessoas que receberam a vacina, 8 delas fora diagnosticadas com a covid-19 depois de sete dias tomar a segunda dose. Já os que não tomaram a vacina, o número foi de 31 casos. Com estes resultados, a eficácia chega a 91,4%.

O governo também informou que não houve nenhum caso adverso inesperado (quando alguém reage muito mal à vacina). Apenas eventos considerados menores como dor no ponto de injeção e sintomas semelhantes aos da gripe, incluindo febre, fraqueza, fadiga e dor de cabeça.

A Rússia informou que sua capacidade de produção é de 1 bilhão de doses. Como são duas doses para cada pessoa, a produção será suficiente para 500 milhões de pessoas. A vacina russa também tem uma vantagem em relação às outras para o armazenamento. A temperatura necessária, por exemplo, é de 2°C a 8°C. Já a Pfizer precisa ser armazenada a uma temperatura de -70ºC. A Moderna precisa de temperatura de -20ºC.

Especialistas explicam que, na prática, dizer que uma vacina de tem mais de 95% de eficácia, significa dizer que 95% que tomarem a vacina ficarão protegidas da doença. Os russos foram o primeiros a anunciarem ao mundo, em agosto, a primeira vacina contra o novo coronavírus. Já em outubro houve o pedido à Organização Mundial de Saúde (OMS) da autorização para uso emergencial da vacina. Existe uma parceria do governo russo com o governo do Paraná. A Rússia disse que a partir de dezembro será possível a vacina ser produzida no Brasil.

Outros laboratórios como a Pfizer, a Moderna e a AstraZeneca, que desenvolvem uma vacina em parceria com Oxford, também divulgaram resultados iniciais da eficácia de suas vacinas.

Pfizer: 95% de eficácia

Moderna: 94,5% de eficácia

Oxford: 90% de eficácia

O Brasil, até à noite desta segunda-feira (23/11), registrou 169.541 mil mortes pela covid-19. Uma segunda onda assusta profissionais da área médica, já que em países da Europa já está ocorrendo um aumento de casos após a estabilização.


Leia mais sobre: / Destaque 2 / Política