16 de dezembro de 2024
Crise humanitária • atualizado em 12/03/2022 às 18:34

1,6 milhão de refugiados ucranianos entraram na Polônia desde o início da guerra

Número refere-se aos 16 dias de invasão russa na Ucrânia. País é o que mais recebeu pessoas que fogem da guerra
Ucranianos são recebidos na Polônia. (Foto: Chancelaria da Polônia)
Ucranianos são recebidos na Polônia. (Foto: Chancelaria da Polônia)

A Polônia informou neste sábado, 12, que 1,624 milhão de pessoas já fugiram da Ucrânia para o país desde o dia 24 de fevereiro, quando a Rússia iniciou a invasão do território vizinho. Em publicação no Twitter, a Guarda de Fronteira polonesa disse que, apenas hoje, até as 11h (de Brasília), contabilizou 46,4 mil refugiados, um aumento de 4% em relação a sexta-feira.

Em meio à crise, o Parlamento polonês aprovou uma legislação emergencial que permite que imigrantes ucranianos permaneçam no país por até 18 meses, com a possibilidade de estender o prazo por três anos. A lei concede aos cidadãos da nação em guerra o direito de obter trabalho e benefícios sociais, como acesso ao sistema de saúde.

Na sexta, a Agência de Refugiados da Organização das Nações Unidas (ACNUR) informou que o número de pessoas que deixaram a Ucrânia desde o início do conflito atingiu 2,5 milhões.

Crimes de guerra

O governo sueco juntou-se aos apelos para que as ações militares da Rússia na Ucrânia sejam investigadas por possíveis crimes de guerra. “A Suécia condena veementemente os ataques da Rússia a bens civis na Ucrânia, incluindo escolas e hospitais. O direito humanitário internacional e a proteção de civis devem ser mantidos em todos os momentos”, disse o gabinete do primeiro-ministro sueco via Twitter.

Os crimes de guerra incluem matar intencionalmente ou causar sofrimento, destruição generalizada e apreensão de propriedade, atingir deliberadamente populações civis e outras violações graves das leis aplicáveis em conflitos armados.

Os pedidos para tais investigações cresceram depois que um ataque aéreo russo atingiu uma maternidade no sul da cidade ucraniana de Mariupol, matando pelo menos três pessoas.

Por André Marinho, Estadão Conteúdo


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