11 de agosto de 2024
Cidades • atualizado em 12/02/2020 às 23:53

13 policiais condenados por tortura e morte do pedreiro Amarildo de Souza

A Justiça do Rio de Janeiro condenou 13 policiais militares por tortura e morte do pedreiro Amarildo de Souza. Ao todo foram acusados 25 policiais. O crime aconteceu na Rocinha, localizada na zona sul do Rio.

Entre os condenados está o ex-comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, major Edson Santos. O militar foi condenado a 13 anos e sete meses de prisão por tortura e ocultação de cadáver.

Além de Edson, também foi condenado o tenente Luiz Felipe Medeiros, que na época do desaparecimento do pedreiro era subcomandante da UPP. Luiz Felipe foi condenado a dez anos e sete meses de prisão por tortura, ocultação de cadáver e fraude processual. Segundo informações, o militar teria tentado prejudicar as investigações.

Outro condenado com a segunda maior pena é o soldado Douglas Roberto Vital Machado, de 11 anos e seis meses por tortura e ocultação de cadáver.

Os soldados Marlon Campos Reis, Jorge Luiz Gonçalves Coelho, Jairo da Conceição Ribas, Anderson César Soares Maia, Wellington Tavares da Silva, Fábio Brasil da Rocha da Graça e Felipe Maia Queiroz Moura foram condenados, também, por tortura e ocultação de cadáver a dez anos e quatro meses de prisão.

Já as policiais Rachel de Souza Peixoto e Thaís Rodrigues Gusmão receberam pena de nove anos e quatro meses cada. O soldado Victor Vinícius Pereira da Silva teve punição extinta já que morreu em 2015. Todos os condenados perderão a função pública.

Entenda o caso

O major Edson Santos determinou, em 2013, que os policiais de sua unidade localizassem os suspeitos de ligação com a venda de drogas na Rocinha e os levassem para interrogação na sede da UPP. Entre os suspeitos, os policiais receberam a informação de que o pedreiro Amarildo de Souza “estaria com as chaves do paiol do tráfico”.

Com isso, Amarildo foi levado à sede da UPP e, de acordo com a Justiça do Rio de Janeiro, foi torturado e morto por um grupo de policiais, sob as ordens dos dois oficiais da Unidade. Enquanto o crime acontecia, outros militares faziam a vigilância da base. Após a morte, o corpo foi ocultado pelos policiais.

Para o advogado da família de Amarildo, João Tancredo, a condenação é um reconhecimento da morte do pedreiro pelo Estado do Rio de Janeiro. “O sentimento [da família] é que não importa o tempo de pena. O que importa é que o Estado reconheceu que foram os policiais que sequestraram e assassinaram Amarildo”.

No entanto, o corpo do pedreiro nunca foi encontrado.

Com informações da Agência Brasil

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