O caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, se entregou à Polícia Federal nesta terça-feira (26). Um dos líderes bolsonaristas na categoria, ele estava foragido há quase dois meses.
Zé Trovão voltou ao Brasil depois de ter passado por México e Peru. Ele se entregou na unidade da PF de Joinville, em Santa Catarina. O caminhoneiro era alvo de um mandado de prisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A ordem para prender o caminhoneiro foi expedida depois que ele foi acusado de incitar violência e atos democráticos nas manifestações de 7 de setembro.
Zé Trovão, depois do México, passou pelo Peru para retornar ao Brasil. O caminhoneiro ainda teria passado o último fim de semana com a família até decidir se entregar. A defesa vai pedir que a prisão preventiva seja convertida em medidas cautelares e que ele fique em prisão domiciliar.
O bolsonarista informou que iria se entregar em um vídeo divulgado em seu canal do Telegram. “Nesse 26 de outubro, eu me entreguei à Justiça brasileira, me apresentei à Justiça brasileira, porque, como diz o nosso hino, verás que um filho teu não foge à luta. E eu jamais iria abandonar o povo brasileiro”, afirmou.
Zé Trovão é um dos principais personagens envolvidos na incitação de atos antidemocráticos do Dia da Independência. Ainda não se sabe como e com quais recursos o bolsonarista escapou das buscas da Polícia Federal. Os investigadores creem que ele já não estava em território brasileiro durante os atos.
Durante o período que esteve foragido, o caminhoneiro atacou as instituições, especialmente o STF. Em vídeos no YouTube, ele incitou invasões à Corte e ao Congresso e apoiou a paralisação da categoria. Ele chegou a ter 40 mil seguidores, mas teve o canal desativado. Agora, ele mantém a comunicação via Telegram.