O deputado federal Zacharias Calil (União Brasil), que oficializou sua pré-candidatura ao Senado, pretende usar o desempenho nas pesquisas, e especialmente a baixa rejeição, como trunfo para ser o escolhido do partido, que também tem Delegado Waldir na disputa.
“O índice de rejeição pode ser um critério para a definição”, disse ao Diário de Goiás. “Um candidato com muito voto e rejeição alta, como o Delegado Waldir, tem a tendência de estabilizar. Eu tenho um pouco menos de voto, mas minha rejeição é baixa. Nesse caso, a tendência é de crescimento.”
No último levantamento realizado pelo Serpes, Delegado Waldir aparece com 8,6% de rejeição, enquanto Zacharias Calil, que também espera aumentar seus votos com a desistência de Marconi Perillo (PSDB) de concorrer a senador, tem apenas 1%.
Apesar de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter liberado candidaturas isoladas na disputa pelo Senado, cada partido só poderá lançar um nome, ou seja, o União Brasil, presidido em Goiás pelo governador Ronaldo Caiado, não terá como contar Zacharias Calil e Delegado Waldir ao mesmo tempo.
“O governador está muito tranquilo, e não acho que ele vai se envolver. Se eu estiver bem nas pesquisas, vou lutar pela minha candidatura, mas, se o Delegado Waldir tiver melhor, claro que vou aceitar e não vou colocar a faca no pescoço de ninguém”, pontuou Zacharias Calil.
Ele declarou, ainda, que não se importa em disputar o cargo de senador em um cenário com candidaturas isoladas pela base caiadista e descartou qualquer possibilidade de ser suplente de Delegado Waldir. “Tenho densidade eleitoral para, no mínimo, deputado federal.”
Caso não consiga se viabilizar como o postulante do União Brasil ao Senado, Zacharias Calil afirmou que não decidiu se tentará a reeleição à Câmara dos Deputados. “Tenho ouvido de muita gente que, se eu não concorrer a deputado federal, o União Brasil pode não eleger ninguém, mas existe, sim, a possibilidade de eu não ser candidato a nada.”