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| Em 3 anos atrás

Zacarias Calil mira o Senado e Caiado como candidato da “terceira via” à presidência da República

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O deputado federal Zacharias Calil (DEM) quer mudar os ares do trabalho parlamentar a partir de 2023. O médico pretende disputar o Senado Federal na chapa majoritária, mas diz que respeita a decisão do governador Ronaldo Caiado (DEM) se não for o escolhido e outro nome postular melhor posição diante das pesquisas. Defensor da fusão do seu partido com o PSL para lançamento de um candidato à presidência da República na “terceira via” e defende o nome de Caiado dentro do “perfil ideal” nessa missão.

A fala foi feita durante entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia na manhã desta quinta-feira (23/09). Calil parte da tese que o brasileiro está cansado da polarização que vem se arrastando a anos. “Em todos os lugares que eu frequento e as pessoas pedem a terceira via”, destaca. O médico então faz coro ao nome de Caiado frente à essa representação. “Inclusive, eu até comento que um nome nosso hoje a nível nacional hoje é o Governador de Goiás. Ele é uma liderança nacional, é um parlamentar de 25 anos, tem o respeito da sociedade. É um nome muito importante, falo por mim, não falo por ele. E todos acham que é um nome que temos de endossar”, garante.

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De acordo com Zacharias, entre os nomes listados que aparece como possível representante da “terceira via”, Caiado é o que “mais forte”. “Ele não tem o problema principal que o Brasil todo reclama que é o da corrupção, não tem nada que o desabone nesse sentido. Pode ter problemas pessoais? Pode, mas o que nós precisamos é de pessoas que tenham perfil como o do governador”, pontua elogiando a condução do democrata frente à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. 

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“Ele tem esse perfil de ser pré-candidato a presidente da República pelo histórico e pela maneira que ele conduziu a pandemia no estado de Goiás de uma maneira muito séria. Ele bateu de frente com o próprio presidente da República nesse sentido priorizando a saúde que está diretamente relacionada à economia. Sem saúde, não tem economia”, destaca.

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Deputado quer o Senado

O médico agora mira seu trabalho já pensando nas eleições em 2022. É que ele quer pavimentar seu nome para uma candidatura não à Câmara dos Deputados mas ao Senado Federal e para isso já iniciou as conversas com o governador Ronaldo Caiado. “Eu falei com ele da minha possibilidade de sair candidato ao Senado”. O democrata garantiu que irá escolher o nome que melhor tiver desempenho nas pesquisas. “Se elas mostrarem que é determinado candidato nós vamos apoiá-lo, não importa onde esse nome e qual o partido ele esteja. Eu acho que é uma maneira justa de você conduzir a chapa majoritária”, crava.

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Caso seu nome esteja bem cotado, irá trabalhar na candidatura. “Se meu nome estiver nas pesquisas é claro que eu vou lutar para isso, mas eu não tenho obsessão por isso. Eu acho que temos de ser justos e retribuir esse comportamento do nosso governador.”

No entanto, mantém postura crítica à iminente candidatura do economista e ex-ministro Henrique Meirelles. “Não tenho nada pessoal contra ele, muito pelo contrário”, salienta. “Mas ele é uma pessoa que não tem serviços prestados por Goiás. Ele nem pegou o diploma dele de deputado federal… Trabalha em São Paulo como secretário e quer voltar para Goiás para ser senador? Paciência, né.”

Calil avalia que Meirelles pode até ter dinheiro, mas o que vale na política é sua representação dentro da comunicada, algo que o economista talvez não tenha, segundo ele. “O candidato tem que ser eleito pelo que ele representa na sociedade e não pelo poder econômico que ele tem. Eu posso te dar um exemplo disso: eu não gastei nada na minha campanha, mas eu tenho prestado mais de 40 anos dentro de um hospital público. Eu não pus dinheiro na campanha, nem dinheiro tenho para bancar campanha, mas fui reconhecido pelo trabalho que tenho na valorização do serviço público e na qualidade da vida das pessoas”, conclui.

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.