O ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi chegou à Polícia Federal de São Paulo por volta das 14h30 desta quinta-feira (29), oito horas e meia após ser preso em sua casa, em Ribeirão Preto (SP), por agentes da instituição.
Com mandado de prisão temporário, o ex-ministro dos governos Lula e Dilma disse que foi chamado para responder “sobre um assunto que não é da minha época”, acrescentando que ele saiu “15 anos antes” dos acontecimentos investigados pela Operação Skala.
Sua prisão, assim como a de dois amigos de Michel Temer (José Yunes e o coronel João Baptista Lima) e de outras quatro pessoas, foi autorizada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), relator do inquérito que investiga Temer por suposto recebimento de propina em troca de benefícios a empresas do setor portuário via decreto.
Um assessor de Rossi, Milton Ortolan, também está detido na PF.
Pai do deputado Baleia Rossi, líder do MDB na Câmara, Rossi parece ter chegado preparado para passar o feriado na detenção. Carregava uma biografia de Leonardo da Vinci (do escritor americano Walter Isaacson, com 640 páginas), duas sacolas plásticas e uma mala de rodinhas.
Ele contou já ter respondido a 74 perguntas de agentes da PF e afirmou que irá “cumprir e respeitar” o procedimento do Judiciário. (Folhapress)
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