A eleição deste ano pode ter recorde de comparecimento no exterior, aponta monitoramento preliminar do Itamaraty. Cerca de 501 mil brasileiros que vivem fora do país estão aptos a votar, divididos em 99 países.
Em 2014, 350 mil estavam cadastrados para votar fora do país. Naquela ocasião, 175 mil foram efetivamente às urnas.
De acordo com a embaixadora Luiza Lopes da Silva, que coordena as operações eleitorais no exterior, a expectativa é esses votos cheguem a 300 mil neste ano. Em diversas cidades, brasileiros têm enfrentado longas filas para votar.
Segundo ela, o primeiro motivo para a ampliação de eleitores foi o aumento do número de seções eleitorais em regiões com alta concentração de brasileiros. Neste ano, várias cidades que não possuem embaixada ou consulado receberam urnas.
O cadastramento do eleitor também ficou mais ágil, feito de forma digital. Antes, formulários de papel precisavam ser despachados em malas diplomáticas. A conclusão do cadastramento levava até seis meses.
A embaixadora afirma ainda que as redes sociais permitiram uma ampliação da participação dos brasileiros que moram fora.
“É uma eleição intensa, com muita coisa em jogo para muitas pessoas. Lá no exterior, eles estão acompanhando como se estivessem aqui, estão informadíssimos”, disse.
Par a montagem de toda a operação, os custos foram estimados em R$ 4,5 milhões. O valor inclui, por exemplo, o envio de cerca de 700 urnas, aluguel de salas, segurança, limpeza e alimentação de mesários. (Folhapress)