Em conversa por telefone, o presidente russo, Vladimir Putin, parabenizou Bashar al-Assad pela “libertação” de Aleppo, no que a Rússia considerou uma “vitória no combate ao terrorismo”.
A cidade, cuja retomada pelo exército do ditador sírio foi anunciada na quinta (22), era considerada um bastião dos grupos rebeldes que se opõem a Assad. Essa é a maior vitória do regime em quase seis anos de guerra civil.
Nos últimos meses, Aleppo sofreu bombardeios intensos das forças sírias, apoiadas por Rússia e Irã.
Os três países consideram que a queda dos rebeldes abre portas para um processo político para encontrar uma solução para o conflito. Organizações humanitárias estimam que a guerra já deixou mais de 450 mil mortos, a maioria civis.
Desde 15 de dezembro, 34 mil pessoas foram retiradas de Aleppo. No domingo (18), um comboio de ônibus que levava civis e insurgentes foi bombardeado. Nas redes sociais, sírios pediam socorro e cobravam providências das autoridades internacionais diante das mortes diárias de centenas de civis.
Após os bombardeios, dezenas de milhares de prédios residenciais estão inabitáveis. Reconstruir a cidade levará anos e custará bilhões de dólares, segundo especialistas.
Localizada em antigas rotas de comércio, Aleppo era a maior cidade síria, com mais de 3 milhões de residentes, e já foi o polo econômico do país.
Folhapress