Vitti diz que CPI da Goiás Turismo é munição para oposição

Foi instaurada na Assembleia Legislativa, Comissão Parlamentar de Inquérito para analisar possíveis irregularidades na Goiás Turismo. O pedido de abertura foi feito pelo deputado Humberto Aidar (PT), e teve o apoio de deputados da base do governo. Parlamentares aliados tem feito duras críticas ao presidente da Goiás Turismo, Leandro Garcia. O presidente da Assembleia, José Vitti (PSDB) defende que fossem tratadas de outra forma as diferenças entre deputados e Garcia, sem a necessidade de uma abertura de CPI.

“Exatamente. Às vezes o próprio descontentamento, às vezes uma queda de braço instaura-se uma CPI onde o que vai ser apurado, a questão do presidente ou envolver o governo neste momento? Ou seja, acho que essas tratativas deveriam ser dirimidas diretamente entre os que estão insatisfeitos e não através de uma CPI que vai apurar questões de governo. Até porque não há, a princípio, nenhum ato do governo que esteja envolvido como objeto dessa CPI”, destacou.

A abertura de uma CPI na Goiás Turismo foi motivada por denúncias de que há sobrepreço na realização de shows. O deputado José Vitti também destacou que neste momento há a preocupação para que não se dê munição a oposição e que isso possa trazer reflexos negativos para a base aliada na Assembleia Legislativa.

“Qual minha preocupação? Que a CPI deixe o objeto central que às vezes é investigado até determinado ponto para anseio de alguns deputados e vire uma guerra entre bancada de oposição e de situação. Até porque todos nós e principalmente aqueles deputados que estão mais combativos em relação a essas CPIs são deputados da base. De forma que dar munição neste momento à oposição, eu julgo não ser aquilo que é pertinente neste momento. Agora, eu como presidente da Assembleia vou dar também transparência e fazer tudo aquilo que o regimento me confere para dar andamento a esta CPI”, declarou o parlamentar.

José Vitti disse ainda que o momento seria aguardar apurações que estão sendo feitas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) antes de se tomar qualquer tipo de atitude.

“Eu avalio que toda e qualquer CPI, não sou às vezes favorável à CPI enquanto está algo em curso de investigação. Temos o Tribunal de Contas do Estado que está auditando a Goiás Turismo. Temos também provavelmente o Ministério Público que está também averiguando a questão de shows realizados pela empresa. De forma que eu acho prematura a criação de uma CPI neste momento”, disse o presidente.

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