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Categorias: Política
| Em 10 anos atrás

Vilmar Rocha defende a criação do Ministério da Segurança Pública

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Candidato do PSD ao Senado Federal, Vilmar Rocha, afirma que um dos fatores que podem ajudar na área da Segurança Pública é a criação do Ministério da Segurança Pública, para transferir um pouco da responsabilidade para a União.

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Ao ser questionado pelos jornalistas da Rádio 730 em entrevista o porquê de não ter apresentado esse projeto quando era deputado federal, Vilmar Rocha disse que na época não era apropriado. “Agora é o momento, e também uma exigência da sociedade, com essa explosão da violência. Para fazer isso, tem que estar inserido em um sistema de força político partidária relevante a nível nacional, e o Senado tem esse papel”, explica.

 

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Além disso, o candidato também falou sobre as propagandas do governador Marconi Perillo (PSDB), que preveem mudanças, o Tempo Novo e futuros debates políticos com o candidato também a senador Ronaldo Caiado (DEM).

 

ENTREVISTA – VILMAR ROCHA (PSD)

Rubens Salomão: Quais são suas principais propostas como senador?

Vilmar Rocha: Um senador representa o Estado e não apenas uma região ou um segmento, como faz um deputado federal. Então é preciso ter uma enorme capacidade de diálogo e sensibilidade para dialogar com todos os segmentos da sociedade. Minha passagem pela Casa Civil foi um diferencial. Lá eu aprofundei de forma consistente o conhecimento com a realidade do Estado e com suas potencialidades. Eu estou preparado para isso, pela minha longa experiência parlamentar, partidária e intelectual, como professor de faculdade. 

Vassil Oliveira: Você está preparado também para a campanha ou ainda tem dificuldades de puxar a base do governador Marconi Perillo (PSDB)?

Vilmar Rocha: Não, houve pequenas divergências, que são naturais em uma aliança de 16 partidos, mas já estão superadas. É evidente a possibilidade de ter algumas manifestações individuais, talvez motivadas por razões de disputa local e não por falta de apoio à minha candidatura. Acredito que 99% da base está unida com a chapa majoritária.

Vassil Oliveira: Sua campanha será focada ao lado de Marconi?

Vilmar Rocha: Será 100% focada ao lado de Marconi. Eu não vou mudar o que eu sempre fui. Sempre apoiei o projeto liderado pelo governador. A opção por esse projeto não é por interesse ou conveniência, até porque antes de Marconi ser eleito deputado estadual e federal, eu já tinha sido deputado estadual e era deputado federal. Este foi e ainda é o melhor projeto para o Goiás.

Cleber Ferreira: O Tempo Novo continua novo?

Vilmar Rocha: Sim. O Tempo Novo é quem tem capacidade e abertura para ser contemporâneo. É estar aberto para impulsos e necessidades novas. Nesse sentido, continua o tempo novo. O dia que a gente se fechar para o novo, ficaremos velhos. Por exemplo, o Fernando Henrique Cardoso, com 86 anos, está velho do ponto de vista político? É um ex-presidente da República que coloca em debate a questão da legalização das drogas. É um debate novo, polêmico. Então, ele não está velho.

Cleber Ferreira: Então porque a propaganda do Tempo Novo está propondo mudanças?

Vilmar Rocha: Um exemplo concreto sobre a continuidade e absorção do novo é o Vapt Vupt. Na época em que foi lançado era um dos programas do governo mais bem avaliados. Hoje ele já está superado. Temos que no próximo governo avançar fortemente para colocar toda a relação do Estado com o governo na internet. Ou seja, o programa mais bem avaliado há 10 anos continua útil, mas existem coisas mais uteis.

Eduardo Sartorato: Um dos temas mais citado em 1998, na campanha de Marconi, foi os 16 anos de PMDB. Agora fizeram 16 anos de PSDB e vocês pedem mais quatro anos para a população. Não superou o tempo de governo?

Vilmar Rocha: Deve haver mudança e alternância de governo quando está esgotado e não tem mais proposta. Isso pode acontecer com 4, 8, 10, 16, 20 ou 30 anos. O nosso discurso é de que ainda não estamos esgotados. Temos energia, potencial e projetos que acreditamos não estar esgotados. Nos esforçamos para renovar, reciclar exatamente para não envelhecer e sintonizar nossa ação com a sociedade. Por exemplo, um dos assuntos sempre mais comentados é a segurança pública. Eu tenho um projeto. É a criação de um Ministério da Segurança Pública do Brasil. A proposta é extinguir 20 ministérios e criar o da segurança.

Eduardo Sartorato: Porque o governador também não extingue algumas das mais de 40 secretarias de governo?

Vilmar Rocha: No caso da segurança pública, criamos neste governo a Secretaria do Sistema Prisional, que também existe na maioria dos estados brasileiros. Temos que fazer uma emenda constitucional e dar corresponsabilidade à União em relação à segurança pública, porque hoje não é assim.

Eduardo Sartorato: Porque como deputado federal você não apresentou esse projeto?

Vilmar Rocha: Nem eu nem outros. Tudo tem o seu momento. Agora é o momento, e uma exigência da sociedade, com a explosão da violência. Para fazer isso, tem que estar inserido em um sistema de força político partidária relevante a nível nacional. Não basta ser eleito. E o Senado Federal tem esse papel. O segundo eixo é a mudança da legislação penal. Já estou fazendo mudanças pontuais na lei da execução penal que vai endurecer e corrigir alguns furos existentes. Também temos que melhorar a gestão da segurança pública.

Rubens Salomão: Como você avalia as intenções de voto que tem recebido nas pesquisas?

Vilmar Rocha: Hoje, as pesquisas medem tendências, mas não são definitivas. O candidato fica conhecido durante uma eleição majoritária. O meu perfil, que não abro mão, é de não ser um político populista, aquele que faz tudo para aparecer na mídia. Nunca fui. Até porque esse tipo de político aparece muito, mas os resultados para a sociedade são pequenos. Por isso, tenho maior dificuldade de exposição na mídia. Espero que à medida que for divulgando meu nome eu cresça nas pesquisas.

Eduardo Sartorato: Você e Caiado já tiveram duros embates. Espera um debate forte por serem adversários políticos tão fervorosos?

Vilmar Rocha: Estou pronto para qualquer tipo de debate. Debate político não tem nada de pessoal, nunca tive isso. Agora, a minha visão da sociedade é diferente da de Caiado. Eu tenho uma visão mais geral da sociedade, do Estado, uma compreensão e capacidade de diálogo maior, que é fundamental para um senador. Eu não represento apenas um segmento.

 

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