Goiás ficou na 2ª colocação no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), com média de 3,8. A secretária estadual de Educação, Cultura e Esporte, Raquel Teixeira não está satisfeita com a qualidade no Ensino Médio. A gestora destacou que será dada atenção para a ampliação de Escolas em Tempo Integral e as unidades de ensino com acompanhamento de resultados.
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Segundo a secretária, o Ensino Médio hoje é 21% pior do que há 20 anos. Ela afirma que o quadro nacional é frágil e há a necessidade de mudança estrutural. Para Raquel não dá para se ter 13 disciplinas obrigatórias. O número deveria ser menor, aliado a matérias que possam ser úteis para a carreira que o aluno escolher. Além disso, ela defende que o Ensino Médio seja profissionalizante.
“Hoje o ensino médio é 21% pior em 20 anos. Passou da hora de qualquer tolerância. Não existe uma especialização em nada. O ensino médio no Brasil nunca teve identidade. De 13 passará para 4 a 5 disciplinas obrigatórias: Português, Língua Estrangeira, Matemática, Geografia e História e o restante matérias que sejam afins ao que o estudante deseja cursar, além de formação profissional”, afirmou.
Ações
Quanto as propostas para melhorar a qualidade do ensino, Raquel Teixeira destacou a necessidade de aumentar o número de escolas em tempo integral. Hoje no Ensino Médio são apenas 21 num universo de 625. Além disso, aumentar a quantidade de escolas que fazem gestão por resultados.
“A questão da gestão é importantíssima. Faremos expansão da rede de educação integral. Os dados também nos mostram que as escolas que adotaram a gestão para resultados, tem um desempenho muito melhor, temos este modelo em muitas das nossas escolas para ensino médio, por isso, talvez a gente tenha compensado o nosso pequeno número de escolas de tempo integral. Nisso as OS’s vão nos ajudar por gestão focada nos resultados. O norteador é o direito que o aluno precisa aprender. O professor é a peça fundamental para desenvolvimento do aluno”, destacou.
Mudanças
A secretária ressaltou manifestação do ministro da Educação, Mendonça Filho de que o Ensino Médio passará por reestruturação de qualquer forma, ou por meio de projeto no Congresso Nacional, ou por Medida Provisória. Um superintendente de Educação de Goiás, será o responsável por coordenar a reorganização do Ensino Médio.
Vale ressaltar que no Ensino Médio, Goiás teve média 3,8 e ficou atrás apenas dos estados de São Paulo e Pernambuco com 3,9. Raquel Teixeira disse que no caso de Pernambuco se deve aos investimentos em Escolas de Tempo Integral. 42 % da rede de ensino é deste modelo, o que no entender da secretária, colaborar para melhorar a qualidade do ensino.
Ensino Fundamental
Já nas fases inicial e final do Ensino Fundamental, Goiás também cumpriu as metas e ocupa a primeira colocação.
“Os números divulgados para o Brasil são medíocres em termos do que os jovens merecem. Goiás tem muito o que comemorar dentro do quadro frágil do Brasil. Goiás atingiu as metas em todos os níveis. Poucos estados fizeram isso. No ensino fundamental inicial, quase todos os estados atingiram a meta. Nos anos finais apenas cinco estados atingiram a meta e Goiás é um deles. No ensino médio apenas quatro estados atingiram a meta e Goiás é um deles. Atingimos as metas propostas.
Ideb
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado pelo Inep em 2007 e representa a iniciativa de reunir em um só indicador dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: fluxo escolar e médias de desempenho nas avaliações.
O índice é divulgado a cada dois anos e tem metas projetadas até 2021, quando a expectativa para os anos iniciais da rede estadual é de uma nota 6,0. Assim, para que o Ideb de uma escola ou rede cresça é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e frequente as aulas.