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Cidades
| Em 2 anos atrás

Vídeo mostra momento da queda do ponto de ônibus que matou ajudante de pedreiro, em Aparecida

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Câmeras de segurança registraram o exato momento em que um ponto de ônibus com estrutura toda de concreto cai por cima do ajudante de pedreiro, Wellington Oliveira, de 27 anos, que morreu esmagado na última quarta-feira (8), em Aparecida de Goiânia.

Por vídeo é possível ver que a ação foi rápida, a vítima até tentou segurar a estrutura, mas ele não conseguiu. Um outro rapaz que o acompanhava, conseguiu se escapar. Wellington foi sepultado no final da tarde dessa quinta-feira (9).

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Interdição

Após a tragédia a Defesa Civil informou que 10 pontos de ônibus foram interditados em Aparecida porque os abrigos podem despencar a qualquer momento.

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“Em relação aos abrigos que não oferecem segurança à população, a Prefeitura de Aparecida, por meio da Superintendência de Defesa Civil, iniciou a nesta quinta-feira, 9 de março, nova avaliação das condições dos abrigos dos pontos de ônibus do transporte público coletivo na cidade, inclusive interditando abrigos em condições precárias para evitar acidentes”, diz nota.

Mas a situação poderia ter sido evitada. Em outubro do ano passado, a Defesa Civil de Aparecida entregou um relatório completo a 11 órgãos ligados ao transporte coletivo, sobre as precariedades dos pontos. Inclusive, o documento foi assinado como recebido pelo gabinete do prefeito, Vilmar Mariano (Patriota).

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Por meio de nota a Prefeitura de Aparecida  lamentou a fatalidade e se solidarizou com a morte do trabalhador. A administração disse ainda que “o sistema de transporte coletivo na Região Metropolitana é de responsabilidade e operado pelo Consórcio Rede Mob sob fiscalização da CMTC. E ainda esclarece que esse tipo de abrigo de concreto não foi instalado pela prefeitura”.

Por outro lado, a Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), disse, também por meio de nota, que a manutenção, realocação e instalação dos pontos de ônibus são de responsabilidade das prefeituras. De acordo com o órgão, “cabe à CMTC, como órgão gestor, planejar a marcação de pontos e coordenar a instalação desses equipamentos, em atendimento à Política Nacional de Mobilidade Urbana”.

Ainda segundo o órgão, a CMTC iniciou uma avaliação minuciosa de todos os abrigos da Região Metropolitana para cobrar e ajudar as prefeitura a solucionar os problemas estruturais dos equipamentos.

Já o relatório da Defesa Civil, que denuncia a falta de manutenção dos pontos de ônibus, foi entregue para a secretaria de Desenvolvimento Urbano e de Trânsito, ao Conselho Regional de Arquitetura e Urbanismo (CREA-GO), ao Ministério Público de Goiás (MPGO), a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), entre outros.

Conforme o documento, os problemas relatados foram: falta de iluminação, de cobertura adequada, poluição visual e capim nas estruturas. Assim, segundo o relatório, a maioria dos abrigos de Aparecida ainda é de estrutura de concreto armado ou metálica e em razão da falta de manutenção, expõem os usuários ao perigo. Além disso a denúncia também mostra a manutenção não é realizada com frequência, principalmente nas regiões periféricas da cidade.

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso. Segundo a corporação, um laudo da Polícia-técnico Científica, que deve ficar pronto em até 10 dias, vai abordar várias questões e deve apontar de quem é a responsabilidade, se houve falhar e se alguém pode ser responsabilizado pela morte do jovem.

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Leonardo Calazenço

Jornalista - repórter de cidades, política, economia e o que mais vier! Apaixonado por comunicação e por levar a notícia de forma clara, objetiva e transparente.