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Categorias: Goiânia
| Em 7 anos atrás

Vídeo: Base de Iris falha em articulação e oposição barra aumento automático do IPTU

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Uma das mais polêmicas sessões em 2017 na Câmara Municipal de Goiânia. Clima tenso, marcado por desafios entre vereadores e por articulações por parlamentares da base do prefeito Iris Rezende (PMDB) e pela oposição. Foi aprovado projeto que impede a atualização automática do IPTU na capital. A base do prefeito não conseguiu se articular para fazer valer um pedido de vistas que foi negado pela maioria. Vereadores pressionados cederam e foram obrigados a mudar a posição. Foram 31 parlamentares favoráveis ao projeto, nenhum registrou voto contrário.Na semana anterior já havia ocorrido bate boca sobre o mesmo assunto.

Pedido de vista

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Havia uma articulação para que ocorresse um pedido de vista por parte da base do prefeito Iris Rezende. O vereador Oseias Varão (PSB) estava com uma relação em mãos anotando o nome dos colegas que assinariam o pedido de vista, que mais à frente seria apresentado por Juarez Lopes. (PRTB).

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Questionado pelo Diário de Goiás, Oseias negou que se tratava do pedido de vista, mas sim outro assunto que não poderia revelar. Ele guardou a listagem no bolso. Outros vereadores confirmaram a reportagem que se tratava da busca de apoio para a ação. Oseias se manifestou contrário ao projeto por entender que a matéria beneficiaria os mais ricos.

“Não vou me manifestar para dizer se houve ou não habilidade para articular. A população precisa saber que está sendo manipulada. Eu estou afirmando. Eu fiz um desafio, provem para mim que este projeto não está beneficiando os barões do setor imobiliário. É contra isso que me levanto. Sou contra aumento de carga tributária”, argumentou Oseias Varão.

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A base do prefeito perdeu o tempo mais apropriado para apresentar o pedido de vista. Geralmente neste tipo de caso a estratégia é realizar o pedido antes de se discutir o projeto. Foi iniciada a discussão da matéria e os ânimos foram ficando cada vez mais exaltados.

Lucas Kitão fez um processo silencioso. Ele foi à tribuna e começou mostrando papeis que estavam escritos nomes de alguns impostos, como: IPTU, ITU, IPVA, ITU e outros, o parlamentar chamou atenção do plenário para a quantidade de impostos que a população é obrigada a pagar. Kitão também mostrou placas indagando a prestação de serviços públicos como nas áreas da Saúde e Educação, como: Cais e Cmeis. Ao final, foi aplaudido pelos colegas.

Com o passar do tempo, as discussões foram ficando mais acaloradas. Clécio Alves constantemente no dia a dia da Câmara reclama que o IPTU na casa dele foi cobrado de maneira injusta assim como o da vizinha dele. Oseias Varão fez desafio para que o parlamentar provasse que o aumento foi de forma indevida, que ele votaria favorável a matéria. Novamente houve polêmica.

Revolta

Em um determinado momento, foi colocado em apreciação o pedido de vista. O presidente da Câmara, Andrey Azeredo (PMDB), disse que a votação para conceder ou não o pedido seria feita de forma visual e não no painel eletrônico. Houve muita confusão, pois em um primeiro momento o presidente fez uma contagem em que haveria a possibilidade de ter sido concedido um pedido de vista, mas houve uma intensa revolta em plenário.

Veja vídeo:

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Andrey Azeredo teve inúmeras dificuldades para conter o plenário. Ele voltou atrás e foi realizada votação no painel eletrônico. Foram 17 votos contrários ao pedido de vista e 14 favoráveis. O projeto seguiu tramitando e foi aprovado por 31 votos. Oseias Varão não votou. Em entrevista ele se justificou dizendo que não precisa marcar posição em plenário.

“Não registrei o meu voto porque meu voto não faria diferença. Estou marcando posição com a minha fala”, declarou o parlamentar.

No momento das articulações em plenário, estava presente o secretário de Administração da Prefeitura de Goiânia, Rodrigo Melo (PROS). Questionado pelo Diário de Goiás, ele respondeu que não foi a Câmara para articular, mas também não declarou o motivo da ida dele ao Poder Legislativo.

IPTU

Para o autor do projeto, Elias Vaz, a matéria corrige uma distorção ao impedir um aumento de forma automática do IPTU. Ele discorda de Oseias Varão e argumentou que a proposta não beneficia quem tem maior capacidade contributiva.

“Entendemos que é preciso acabar com esse aumento. Nosso projeto é para retirar o artigo da lei que estabelece este aumento simultâneo ano a ano. Colocar no mesmo balaio o milionário para ter aumento de impostos. Falta honestidade intelectual. Não faz justifica fiscal, faz aumentar arrecadação. SE continuar essa lei seria R$ 100 milhões a mais para a prefeitura”, disse Elias Vaz.

Planta de Valores

Para o vereador Anselmo Pereira (PSDB) que votou favorável a matéria, o ideal seria aguardar a finalização da atualização da Planta de Valores para corrigir a distorção e não fazer outra lei que poderá ser alterada daqui a alguns meses.

O projeto foi aprovado em segunda e última votação. O texto segue agora para sanção ou veto do prefeito Iris Rezende. Se for vetado a Câmara legalmente pode derrubar o veto e promulgar a lei.

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