O reajuste nas alíquotas do PIS/Cofins sobre a gasolina foi determinado por meio de decreto presidencial no dia 20 de julho Marcelo Camargo/Agência Brasil
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Ao menos 1 em cada 4 postos da capital paulista já tem combustíveis para oferecer ao consumidor nesta quarta-feira (30), segundo estimativa do Sincopetro (entidade que representa os donos de postos no estado). O número representa 25% de cobertura de unidades em funcionamento na capital, que tem 2.000 estabelecimentos.
Apesar da retomada do abastecimento iniciada nesta terça (29) e que ganhou fôlego com a desmobilização dos protestos dos caminhoneiros nesta quarta -os manifestantes deixaram os acostamentos das rodovias Dutra e Régis- a saída do paulistano neste feriado prolongado de Corpus Christi rumo ao litoral e interior do estado ainda preocupa.
Segundo José Alberto Paiva Gouveia, presidente do Sincopetro, o ritmo do abastecimento no interior é mais lento do registrado na capital. Quem decidir pegar a estrada pode até chegar ao destino. O problema está no retorno.
“As cidades do litoral e do interior estão mais distantes dos centros de distribuição. O combustível já está chegando nessas regiões, mas em uma velocidade bem mais lenta”, afirma Gouveia.
A gasolina, o diesel e o etanol que têm chegado às bombas continuam sendo transportadas com mais força pelas distribuidoras e por motoristas contratados pelos donos dos postos. Agora, com mais caminhoneiros autônomos rodando, o Sincopetro prevê que a situação do abastecimento volte ao normal na próxima semana. “Projetamos que na quarta-feira semana que vem [6] a população de São Paulo terá combustível à disposição”, diz.
Para a viagem não ser cancelada, a recomendação é que o viajante procure informações sobre a disponibilidade de combustível na cidade onde vai passar os dias de descanso.
A expectativa é de que o trânsito nas rodovias paulistas seja bem menor que em feriados passados. Mas desta vez as concessionárias não conseguem estimar o tamanho do tráfego e quais horários serão mais congestionados, já que a atual crise de abastecimento não tem precedente recente.