A partir desta sexta-feira (1º), os atos do governo federal passarão a ser publicados exclusivamente na plataforma digital. Depois de 155 anos em circulação, a versão impressa do “Diário Oficial da União” deixa de existir.
A última edição em papel foi distribuída nesta quinta (30), com 240 páginas.
“Desde 1º de outubro de 1862, o Diário Oficial da União imprime boa parte da história do Brasil. Atos como a sanção da Lei Áurea, a Proclamação da República, o direito ao voto feminino, a redemocratização e todos os atos dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário dos últimos 155 anos estão aqui impressos”, diz a última edição impressa em sua sobrecapa.
A mudança, segundo o governo Michel Temer, representa um compromisso do governo federal com a sustentabilidade e com a eficiência da gestão pública.
“Esta medida é reflexo dos tempos, em que a leitura é um hábito mais forte em dispositivos eletrônicos. É, também, reflexo de compromissos com a sustentabilidade que o Brasil tem que, continuadamente, cumprir”, disse o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), que participou de cerimônia nesta quinta para anunciar a medida.
De acordo com o governo, o fim da impressão trará economia de papel e água. A Imprensa Nacional, que publica o “Diário Oficial”, consome hoje 720 toneladas de papel jornal por ano, a um custo estimado R$ 2,5 milhões.
Considerados os gastos de distribuição, a economia pode alcançar aproximadamente R$ 12 milhões por ano, segundo as autoridades.
A versão digital do “Diário Oficial da União” existe há 20 anos. Hoje, o site da Imprensa Nacional recebe cerca de 23 mil acessos únicos diários.
O site, que passou por reformulação, pode ser acessado no endereço www.imprensanacional.gov.br.
(FOLHA PRESS)