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Vereadores protagonizam troca de farpas e gritaria em sessão plenária da Câmara de Goiânia

Os vereadores Clécio Alves (Republicanos) e Mauro Rubem (PT) protagonizaram, na manhã desta terça-feira (12), uma discussão acalorada em Sessão Plenária na Câmara Municipal de Goiânia. A sessão tratava da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para os próximos três anos (2023-2025), mas, uma troca de acusações de cunho político entre os vereadores do PT e do Republicanos, também vice-presidente da Câmara, culminou em muita gritaria e na suspensão temporária dos trabalhos.

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A troca de farpas começou quando, em seu momento de fala, o vereador petista Mauro Rubem falou sobre a incitação de ódio e violência dos últimos acontecimentos do país. “Estamos vendo uma seita criminosa e corrupta ocupando espaço nesse país, pregando ódio à violência (…) é a morte, como aconteceu com o tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu. Aquele gatilho foi apertado por todas aquelas pessoas quando pregam a morte, a violência e o ódio. É apertado por uma ideologia” afirmou.

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Após o término da fala, o vice-presidente da Câmara, Clécio Alves, questionou, então, ao vereador do PT, sobre a facada sofrida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). O republicano quis indagar: “Pode tudo pra esquerda? Agora, se alguém que é meu eleitor, faz um ato de estupro e está com o meu boton no peito, a culpa é minha? Vamos parar de hipocrisia. (…) Esse discurso de vossa excelência dá nojo”, declarou Alves.

Em resposta concedida, o vereador do PT declarou: “Nojo eu fico das suas declarações e da sua atitude (…) vossa excelência é de um partido que está roubando até alimento do povo. Não tente simplificar uma morte política (…)”, disse Rubem.

Na sequência, o vice-presidente da Sessão respondeu. “Dizer que o meu partido roubou, precisa provar (….) Eu tenho direito de sentir nojo desse discurso, mas encerro aqui e não quero falar sobre isso”, pontuou.

Som cortado

Após, a sessão foi retomada e o vereador Mauro Rubem teve a fala permitida no púlpito para discutir o projeto da Lei Orçamentária, e voltou a falar sobre o assunto anterior, em ânimo exaltado. “Eu não admito que o senhor fale mais que todos os outros vereadores. Quero discutir os problemas (….). Vossa excelência fala dez vezes mais que todo mundo”, declarou Rubem.

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Foi neste momento que o vereador Clécio Alves determinou que o microfone de Mauro Rubem fosse cortado, também com ânimo exaltado. “Corta o som do vereador Mauro Rubem. Fala sem microfone. Não vai fazer circo aqui. Se não for para discutir o projeto, eu corto a sua palavra”, disse Alves.

A discussão prosseguiu e, depois de muita gritaria, a sessão foi suspensa por dez minutos. Quando retornou, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), para os próximos três anos (2023-2025), com as dez emendas acatadas durante o trâmite na Comissão Mista, foi aprovada em primeira votação. Agora, a matéria aguarda o prazo de 24 horas para o retorno ao plenário, para a última votação.

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Mauro Rubem (PT) e Clécio Alves (Republicanos) batem boca em discussão durante sessão na Câmara dos Vereadores; sessão foi suspensa (Foto: Alberto Maia/Câmara Municipal)

Envolvidos

O Diário de Goiás procurou os envolvidos para falar sobre o acontecido. Em nota, o vereador Mauro Rubem afirmou que estava exercendo o direito parlamentar de se expressar a respeito da violência que só aumenta no país “Obviamente também iríamos discutir o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), como o fizemos. Nada justifica o comportamento agressivo e prepotente do vereador Clécio Alves, que presidia a mesa no momento da discussão”, disse. Leia o posicionamento do vereador do PT na íntegra:

Estávamos exercendo nosso direito parlamentar de nos expressar a respeito da violência que só aumenta no país. Obviamente também iríamos discutir o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), como o fizemos. Nada justifica o comportamento agressivo e prepotente do vereador Clécio Alves, que presidia a mesa no momento da discussão. Isso nunca ocorreu, apesar de os vereadores com frequência falarem de mais de um tema durante a discussão de projetos. Clécio Alves, infelizmente, não se demonstrou preocupado com o assassinato de Marcelo, em Foz do Iguaçu. Sua postura autoritária no plenário confirma isso. Lutamos pela restauração da democracia no nosso país e não seremos calados!”

Por meio de sua assessoria, o vereador Clécio Alves, também se pronunciou. “informamos que não houve, em nenhum momento, uma atitude diferente ao que o vereador e também vice-presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Clécio Alves (Republicanos), deveria fazer, tendo em vista que ele cumpriu o regimento da Casa de Leis, que era dar espaço para que outro vereador falasse”, disse, reforçando ainda que o ocorrido trata-se do cumprimento da Lei por parte do vice-presidente da Câmara. Leia abaixo o posicionamento do vereador do Republicanos na íntegra:

NOTA À IMPRENSA SOBRE “SUPOSTO BATE BOCA” ENTRE CLÉCIO E MAURO RUBEM

Sobre este caso em questão, informamos que não houve, em nenhum momento, uma atitude diferente ao que o vereador e também vice-presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Clécio Alves (Republicanos), deveria fazer, tendo em vista que ele cumpriu o regimento da Casa de Leis, que era dar espaço para que outro vereador falasse, neste caso, o vereador Mauro Rubem (PT), que na ocasião se propunha a discutir o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2023. No entanto, Mauro subiu à tribuna para discutir um assunto partidário, diferente daquele que ele estaria autorizado a falar, que seria sobre a LDO para 2023. Logo, o que o presidente em exercício fez, foi defender o regimento, a fim de colocar em ordem os trabalhos da Casa de Leis e, por isso, a suspensão da sessão por dez minutos. Um prazo que durou menos que isso, tendo em vista que tudo foi colocado rapidamente em ordem. Ou seja, a sessão foi reaberta, os trabalhos continuaram e o vereador Mauro Rubem teve o direito de discutir, por meio do tempo do partido, assuntos ligados ao seu partido e estabelecidos por ele. Portanto, o que ocorreu hoje, 12/7, foi apenas um cumprimento da Lei por parte de Clécio Alves.”

Maiara Dal Bosco

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