Apesar do acirramento entre PT e PMDB em Goiânia, em que alguns integrantes dos dois partidos já defendem abertamente o rompimento da aliança, na Câmara Municipal, ainda não há um posicionamento uniforme. Alguns peemedebistas já fazem oposição ao prefeito, alguns defendem que a aliança deve permanecer e vão continuar dando apoio a Paulo Garcia.
Atualmente o PMDB tem sete vereadores: Célia Valadão, Clécio Alves, Denício Trindade, Eudes Vigor, Izídio Alves, Mizair Lemes Júnior e Wellington Peixoto. Não há um posicionamento uniforme da bancada quanto a manutenção ou não de apoio ao prefeito. Dos sete, pelo menos um deve deixar o partido, Eudes Vigor.
O parlamentar avalia a saída do PMDB não pelo acirramento dos ânimos junto ao PT, mas devido ao coeficiente eleitoral. Ele tenta buscar mais apoio para se filiar a outro partido que possivelmente é o PSDB.
Já os vereadores Wellington Peixoto, Denício Trindade e Mizair Lemes Júnior, defendem cautela. Eles destacaram que o PMDB ajudou o PT a chegar a prefeitura, sendo desta forma não há nenhuma incoerência em continuar na gestão petista.
“Até então não há uma decisão definitiva. Acredito que é legítimo por parte do PMDB, fazer parte da administração, até porque contribuiu com a eleição do prefeito Paulo Garcia , o vice é do PMDB, o momento eleitoral está distante. Deveríamos aguardar. Sabemos que PMDB terá candidato e o PT também. É legítimo da democracia e ter posições diferentes”, argumentou Denício Trindade.
Já Célia Valadão e Clécio Alves desde a votação do aumento o IPTU, no final do ano passado, já mostram contra o PT, em especial a gestão de Paulo Garcia. Clécio Alves criticou o prefeito e destacou que o PMDB deve sim romper e não ocupar cargos na prefeitura de Goiânia.
“Foi o PT que rompeu com o PMDB, com as declarações dadas pelo prefeito. Entendo que o momento que há uma deliberação, o vereador deve acatar, ou seguir um caminho melhor. Mas foi o PT que está rompendo conosco. Nós ajudamos a eleger o prefeito, talvez seja um das minhas maiores decepções.
Sustentação
Quanto a governabilidade do prefeito, o líder de Paulo Garcia no legislativo, Carlos Soares (PT), afirmou que com a possível saída do PMDB da gestão, entregando cargos, podendo causas alterações na base de apoio, para que o chefe do Executivo.
“Vamos dialogar, vamos ver o que vai acontecer. A composição terá que ser feita projeto a projeto, o que nos vai dar mais trabalho. Espero que os vereadores não derrotem projetos somente pra trazer dificuldades para a gestão, pois vários projetos mexem com a vida da cidade”, destacou o líder do prefeito.