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Vereadores que integram a CEI da Saúde na Câmara Municipal de Goiânia repercutiram a declaração do prefeito Iris Rezende (PMDB) ao Diário de Goiás que não se preocupa muito com resultados da comissão, pois acredita em um reflexo positivo das atitudes tomadas pela secretária de Saúde, Fátima Mrué. Para o prefeito há uma resistência inicial, mas que poderá ser revertida em qualidade no atendimento. Parlamentares voltaram a reclamar da gestão da secretária.

O presidente da CEI, Clécio Alves (PMDB), não fez críticas ao prefeito. Destacou que entende a posição que ele tomou ao conceder a declaração. Para o vereador, o prefeito quer acertar e está correto ao dizer que a secretária não está envolvida em atos de corrupção, mas criticou a gestão de Fátima Mrué.

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“Recebo com naturalidade. O que ele quis dizer eu entendo muito bem. Ele não se preocupa porque no íntimo e no coração dele, ele quer a prefeitura no caminho certo e é o que também queremos que aconteça e estamos trabalhando neste sentido. O fato de a secretária Fátima Mrué não estar envolvida com corrupção, também assino embaixo, não quer dizer que a gestão dela não esteja a desejar. Nós estamos nos preocupando com as vidas que estão tratadas de forma desrespeitosa nas unidades de saúde. O que falta é competência”, afirmou.

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Já o relator da CEI, Elias Vaz (PSB), o prefeito erra ao dar a declaração, pois a CEI vem realizando ações que podem contribuir com a administração municipal. “Quando ele diz que não se importa com o trabalho da CEI, pode até discordar de algum resultado da CEI e respeito isso. Agora tem que respeitar o trabalho. Acho que é importante o prefeito ter esta atenção com a CEI até porque há várias apurações que poderão contribuir com a própria administração e que posteriormente serão levadas ao Ministério Público e Poder Judiciário”, argumentou.

Representações

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Em relação a possíveis representações contra o prefeito Iris Rezende na Câmara Municipal, o que na prática seria um pedido de impeachment, com o argumento de que há omissão nas ações da Saúde Pública Municipal, o presidente da Câmara Andrey Azeredo disse que é preciso tratar o assunto com cautela para que não haja nenhum tipo de equívoco.

“É preciso analisar isso com muita seriedade e responsabilidade. Toda acusação deve ser acompanhada de provas robustas. Afirmar omissão é dizer que o prefeito deixou de fazer algo. Para caracterizar como ato de improbidade, não basta só apenas a ausência do ato, mas a intenção, o dolo, a vontade de não realizar aquele ato, descumprindo assim a legislação”, destacou o presidente Andrey Azeredo.

Obstruções

De acordo com a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), vereadora Sabrina Garcez (PMB), vereadores estudam a possibilidade de obstruir as pautas encaminhadas pelo Paço Municipal ao Poder Legislativo.

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