O secretário municipal de Finanças, Jeovalter Correia, deve-se reunir no início desta semana com vereadores da capital para novamente tratar da atualização da planta de valores.
Não ficou acertada uma nova data para encontro de representes do legislativo e do Paço. De toda forma já está marcada uma nova audiência pública na próxima quinta-feira (6) na própria sede do poder executivo.
Na última terça-feira (29), houve uma reunião.Os vereadores quiseram obter mais detalhes sobre o projeto. Por este motivo, audiências públicas previstas para a semana passada não ocorreram.
Desgastes:
A Prefeitura de Goiânia não confirma o número, mas parlamentares da base dizem que o aumento médio do IPTU será em 79%. Nas sessões realizadas na Câmara Municipal, no decorrer da última semana, vários vereadores fizeram críticas ao assunto.
O presidente da Casa, Clécio Alves (PMDB) prometeu ampliar o debate sobre o projeto, antes de colocá-lo em votação.
“Enquanto presidente desta Casa, vou prorrogar o debate na prefeitura como estou fazendo, vamos levar a Câmara aos bairros, vamos provocar os segmentos representativos, vamos construir uma proposta a quatro mãos. Nós não vamos violentar a população. Ao final quando este projeto for votado que esteja em sintonia com a sociedade”, destaca Clécio Alves.
Para o vereador Paulo Magalhães (SDD) o valor precisa ser justo para que o munícipe consiga pagar e a prefeitura realize as ações.
“O poderoso deve mesmo pagar mais, os mais carentes não. É importante que a gente chegue a um valor justo, pois o prefeito precisa de recursos para trabalhar, para a educação, saúde, asfalto e nós temos que pagar” argumenta.
Por conta de possíveis desgastes, o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, teria dito ao vereador Wellington Peixoto (PROS) antes mesmo da reunião com Jeovalter Correia na semana passada, que poderia rever o aumento, que pode ser realizado de forma escalonada.
“O prefeito sinalizou positivamente que se for preciso vai parcelar este aumento, vai ser gradativo e aí sim a população pode aceitar, mas é claro que todo aumento causa constrangimento”, ressalta.
O parlamentar entende que neste ano, diferentemente do ano passado, em que sofreu derrota na Câmara para aumentar o IPTU, Paulo Garcia está aberto ao diálogo. Uma prova disto segundo ele é o recuo para que a Secretaria de Finanças fizesse uma reanálise dos números antes da realização da primeira audiência pública.
Para o vereador Elias Vaz (PSB), a Prefeitura de Goiânia não está respeitando a capacidade de contribuição de cada eleição.
Os impostos precisam observar o poder contributivo das pessoas e na média eu posso garantir ao prefeito Paulo Garcia que a população de Goiânia não teve aumento nos seus rendimentos de quase 80%, não teve nos últimos anos. Não adianta dizer que o imóvel valorizou, sendo que o mesmo não aconteceu com a renda do cidadão, argumenta Elias Vaz.
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