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Categorias: Política
| Em 10 anos atrás

Vereadores de Goiânia suspendem retirada de grevistas que ocupam sede da Câmara

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A Câmara de Vereadores de Goiânia decidiu hoje (25) suspender o pedido de reintegração de posse do prédio, ocupado desde o último dia 10 por um grupo de servidores municipais da educação em greve. O Tribunal de Justiça de Goiás determinou, no dia 12 de junho, que o local fosse desocupado, se necessário com o uso de força policial. O cumprimento vinha sendo adiado pelo Comitê de Gestão de Crise da Secretaria de Segurança Pública para evitar a radicalização do movimento.

De acordo com a assessoria da Câmara de Vereadores, a decisão foi tomada para que a questão seja solucionada de forma pacífica, sem que seja necessário fazer uso da força. A suspensão do pedido está condicionada à manutenção das atividades da Casa, que faz amanhã (26) a última sessão do primeiro semestre de 2014. A partir da próxima semana, até a primeira semana de agosto, a Câmara só funcionará em regime de meio expediente, no período da tarde.

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Além da suspensão da reintegração, que ficou sem data para ser retomada, foi formada uma comissão de vereadores para promover o diálogo entre a prefeitura e o movimento grevista. O impasse relacionado à greve não tem relação com a Câmara de Vereadores da cidade – que foi ocupada pela categoria como forma de pressão. As negociações são entre os servidores que paralisaram as atividades e a prefeitura, responsável por atender às demandas do grupo.

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Segundo o coordenador de comunicação do Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed), Hugo Rincon, a suspensão da reintegração de posse já era esperada. “Estávamos contando com isso. Vamos fazer uma reunião agora para saber o que vamos fazer. Pelo menos até o dia 1º de julho, para quando está marcada a assembleia, vamos ficar lá [na Câmara]. Essa nova situação é uma grande vitória, um recuo da polícia e da Justiça”, disse Rincon.

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De acordo com ele, o sindicado não considera que o recesso da Câmara Municipal irá enfraquecer o movimento grevista. “Todo esse tempo que ficamos lá, eles estavam praticamente de recesso. Teve feriado [Corpus Christi] e jogos da Copa do Mundo. Em cerca de 15 dias, eles devem ter trabalhado três ou quatro. Não vai mudar muita coisa”, explicou.

Para Hugo Rincon, o processo de negociação da categoria com o governo do estado não foi abandonado e, segundo ele, os servidores da educação flexibilizaram as demandas para abrir o diálogo.

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Entre as principais reivindicações da categoria estão pagamento dos retroativos do piso salarial e das titularidades, melhorias na infraestrutura das escolas públicas de Goiânia, reelaboração do plano de carreira, efetivação do auxílio-locomoção e gratificação de 30% (retroativa a janeiro deste ano) para os auxiliares.

A prefeitura de Goiânia informou que está aberta ao diálogo, mas exige o imediato retorno dos profissionais ao trabalho. A prefeitura também informou já ter enviado à Secretaria Estadual de Segurança Pública e à Promotoria de Justiça de Goiânia respostas às reivindicações do movimento grevista. Para a administração do município, a ocupação da Câmara é ilegal.

Da Agência Brasil.

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