Parlamentares de oposição conseguiram articular e aprovaram na Comissão de Constituição de Justiça requerimento apresentado pela vereadora Cristina Lopes (PSDB) que impede a votação de projetos enviados ao legislativo pela Prefeitura de Goiânia, enquanto não forem regularizadas as dívidas junto a creches conveniadas.
“É uma medida um pouco drástica, mas a situação é insustentável. As creches filantrópicas atendem 6,5 mil crianças. É uma forma de pressionar a resolver este problema que é sério”, avalia a vereadora Tatiana Lemos (PC do B).
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O líder do prefeito na Casa, Carlos Soares (PT), explicou que já procurou os vereadores para uma conversa. Ele ressaltou que seria importante os vereadores votarem projeto relativo aos depósitos judiciais, em que já está no caixa da prefeitura R$ 60 milhões para quitar precatórios e outros débitos. Para que isto ocorra é necessária uma autorização dos vereadores.
Tatiana Lemos argumenta que é difícil dar crédito a palavra do líder do prefeito por conta de fatos anteriores.
“A cada momento chega uma informação diferente. Estamos falando de parcelas relativas a julho e agosto. Segunda feira o prefeito disse aqui que o problema estava solucionado, mas não é isso que vemos na prática. Está uma situação insustentável. Enquanto isso as crianças sofrem. Não se confia mais no que está sendo falado”, ressalta.
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Carlos Soares entende como fundamental a aprovação do projeto dos depósitos judiciais, pois a prefeitura terá condições desta forma de regularizar as pendências.
“Todos os precatórios e as dívidas fundadas. A prefeitura recebeu um dinheiro, mas precisa de autorização da Câmara. Mostrei a necessidade aos membros da CCJ. Sem a aprovação da lei, o dinheiro não é liberado. Não adianta nada o boicote, pois pode dificultar ainda mais, pois não há como usar os recursos”, destaca o líder do prefeito.