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Cidades
| Em 1 hora atrás

Vereadora Daniela da Gilka critica a ausência de políticas públicas para idosos em Goiânia

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Em entrevista ao Diário de Goiás, a vereadora de Goiânia Daniela da Gilka (PRTB) expressou sua preocupação com a falta de políticas públicas voltadas para a população idosa na capital. Segundo a parlamentar, Goiânia não conta com nenhuma vaga nas instituições de longa permanência para idosos (ILPIs), o que contribui para o crescente abandono dessa faixa etária. “Todos nós queremos envelhecer, mas ninguém quer ficar velho. Por quê? Porque ninguém está preparado para ser idoso”, afirmou.

A vereadora também cita que a superlotação das ILPIs é resultado da falta de políticas públicas de cuidado e prevenção. “Não há serviços de convivência, nem centros-dia. Se houvesse, o idoso poderia passar o dia em um local adequado, chegando às 7 da manhã, recebendo cinco refeições supervisionadas por nutricionistas e acompanhamento de terapeutas. Com isso, a família não precisaria recorrer a uma instituição de longa permanência. Hoje, não temos vagas suficientes”.

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Se compararmos com os países de primeiro mundo, o idoso deveria ser valorizado e referenciado. Ele viveu com sabedoria, criando e cuidando de uma família. Por que, então, ele se torna um peso para a família, o Estado e a comunidade? A resposta para essa realidade está na ausência de políticas públicas eficazes.

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Em nota a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs) informou ao Diário de Goiás que Goiânia não possui ILPIs municipais, mas mantém convênios com três organizações da sociedade civil, financiando 90 vagas para idosos. “A Sedhs mantém convênio, realizado por chamamento público, com as seguintes Organizações da Sociedade Civil: Grupo Fraterno de Assistência Social; Obras Sociais do Grupo Espírita Regeneração – Casas Lares Irma Clara e Obras Sociais da Irradiação Espírita Cristã – Solar Colombino Augusto de Bastos. Em 2023, a Sedhs realizou estudos para identificar demandas, previsões orçamentárias e instrumentos de seleção para esse público específico”.

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Centro de Referência de Assistência Social

A parlamentar também explicou sobre a abertura do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), no Balneário Meia Ponte, que foi fruto do fechamento de outras duas unidades: Finsocial e Recanto do Bosque. “Mobilizamos a comunidade com manifestações e um abaixo-assinado, pressionando a atual gestão. Com o apoio do Ministério Público, conseguimos garantir a instalação de um CRAS na região norte, que atenderá áreas anteriormente cobertas pelos CRAS do Recanto e Fim Social, que foram fechados”, explicou Daniela.

Segundo a vereadora, o CRAS do Recanto do Bosque foi fechado por falta de estrutura. (Foto: Arquivo pessoal).

“O CRAS precisa oferecer um ambiente de paz e segurança, com profissionais qualificados, como psicólogos e assistentes sociais, para garantir a convivência e o apoio necessário. É essencial realizar busca ativa, especialmente em casos de violência doméstica. O psicólogo e o assistente social devem estar presentes, monitorando se a criança recebe o cuidado adequado, se o idoso está sendo agredido e promovendo intervenções necessárias, como encaminhamentos para instituições de longa permanência, quando necessário”, destacou.

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Segundo a SEDHS, no município, há 27 unidades de CRAS para proteção básica de idosos. Eles oferecem acesso a benefícios como o BPC, o Programa Bolsa Família e avaliações para atendimento domiciliar, além de serviços articulados da rede pública. Para casos de violação de direitos sem rompimento de vínculos familiares, há cinco Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS).

Confira nota da Sedhs na íntegra

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs) informa que há vagas disponíveis nos serviços de convivência e fortalecimento de vínculos para pessoas idosas. Os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) oferecem atendimento especializado, acolhedor e acessível, promovendo inclusão e bem-estar.

As Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), de caráter residencial, atendem pessoas a partir de 60 anos em situação de vulnerabilidade, como abandono ou incapacidade de sustento próprio. Esse serviço asilar integra a Proteção Social Especial de Alta Complexidade do SUAS, seguindo a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (2009).

No município, há 27 unidades de CRAS para proteção básica de idosos. Eles oferecem acesso a benefícios como o BPC, o Programa Bolsa Família e avaliações para atendimento domiciliar, além de serviços articulados da rede pública. Para casos de violação de direitos sem rompimento de vínculos familiares, há cinco Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS).

Atualmente, Goiânia não possui ILPIs municipais, mas mantém convênios com três organizações da sociedade civil, financiando 90 vagas para idosos. A Sedhs mantém convênio, realizado por chamamento público, com as seguintes Organizações da Sociedade Civil: Grupo Fraterno de Assistência Social; Obras Sociais do Grupo Espírita Regeneração – Casas Lares Irma Clara e Obras Sociais da Irradiação Espírita Cristã – Solar Colombino Augusto de Bastos. Em 2023, a Sedhs realizou estudos para identificar demandas, previsões orçamentárias e instrumentos de seleção para esse público específico.

O Chamamento Público realizado em 2020 segue vigente, com as 90 vagas financiadas pelo Município de Goiânia atualmente preenchidas. Um novo chamamento público está em andamento seguindo os trâmites administrativos.

Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs) – Prefeitura de Goiânia




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Elysia Cardoso

Jornalista formada pela Uni Araguaia em 2019