A Câmara Municipal de Goiânia lança, na manhã desta segunda-feira (14), uma Frente Intermunicipal pelo Fim da Violência Política de Gênero. Por iniciativa da vereadora Aava Santiago (PSDB) e participação de parlamentares goianas, a ação tem como intuito conscientizar a população sobre a opressão que as mulheres enfrentam quando ocupam ou buscam ocupar cargos públicos.
Instituída no mesmo dia em que a vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, foi morta a tiros, na região central da cidade, em 2018, a frente conta com a assinatura de uma carta-manifesto entre prefeitas, deputadas, vereadoras, defensoras públicas e outras profissionais de todo o Estado, em busca do resgate ao simbolismo da data em favor dos direitos políticos das mulheres.
O lançamento é realizado por meio de sessão especial no plenário do Legislativo municipal de Goiânia e conta com a presença de mais de 100 vereadoras, dentre elas, Camila Rosa (PSD), de Aparecida de Goiânia, que teve o microfone cortado durante discussão de cotas femininas, em fevereiro deste ano.
Aava Santiago também é autora de um projeto de lei, aprovado em primeira votação na Câmara dos Vereadores, que inclui no Calendário de Eventos de Goiânia o Dia Marielle Franco de Enfrentamento à Violência Política de Gênero, com o intuito de mobilizar a sociedade em torno da causa. A criação da Frente integra a programação Dias Mulheres Virão, desenvolvida por Aava, no mês da mulher. As atividades começaram no dia 4 e se estendem até 26 de março.
Ações direcionadas à promoção da dignidade menstrual e ao combate à violência contra a mulher foram realizadas e estão previstas, ainda, atividades de promoção social e da saúde femininas. Toda a programação é gratuita, realizada com a colaboração de voluntários e em parceria com a Ouvidoria da Mulher, Escola do Legislativo e Comissões de Educação e de Direitos Humanos, da Câmara Municipal de Goiânia.
“Nossa expectativa é fazer reverberar em todas as mulheres atendidas e envolvidas nessa programação a força que temos para agir com total autonomia e ocuparmos todos os espaços que quisermos e que nos é de direito, livres de qualquer tipo de opressão”, explicou a parlamentar.