O vereador de Caxias do Sul diz, ainda, que sua família vem sendo ameaçada. (Imagem: reprodução)
O vereador gaúcho Sandro Fantinel, de Caxias do Sul (RS), publicou um vídeo nesta quinta-feira (2), onde chora e pedes desculpas pelo que fez. Ele é o político que viralizou após defender vinícolas acusadas de trabalho e ofender os baianos resgatados que viviam em condições de trabalho deploráveis.
No vídeo, Fantinel pede desculpas, fala de “lapso mental”, afirmar que o que ele disse não é o que ele pensa, que sua família esta sendo ameaçada e que até sua mulher esta pensando em deixá-lo. Assista na íntegra a nota divulgada pelo vereador.
Em outra entrevista recente o vereador reforçou que quer sua família em paz. “A minha esposa chora dia e noite, fala em ir embora, porque chegam mensagens para ela, chegam mensagens a cada 20 segundos chamando ela de todos os nomes, as ofensas mais escabrosas que vocês possam imaginar. Ela está em depressão. O meu pai e a minha mãe, com 80 anos, choram dia e noite. Ontem, minha mãe quase teve um infarto. O meu filho, um adolescente, não quer mais ir na faculdade porque tem medo”, afirmou.
Sandro Fantinel ainda questionou a si próprio, inclusive o por quê de tantas ameaças. “Será, gente, que eu cometi um crime tão grande? Por simplesmente, no calor da emoção, falar duas ou três palavras que não me representam”, completou.
No fim, se for para responder o próprio, trata-se de apenas mais um representante político que não conhece os limites legais das proposições pelas quais “trabalha” e acha que pode dizer tudo o que quer e o que pensa. Por mais que ele diga que não pensa e não concorda com o que diz, a Justiça está aí para punir quem comete crimes. No caso de Fantinel esta claro que suas palavras se encaixam em xenofobia, passível de crime de racismo, além de injúria.
Vale lembrar que o vereador foi expulso do Patriota nesta quarta-feira (1º). De acordo com o partido, o pronunciamento de Fantinel foi “desrespeitoso, inaceitável e está maculado por grave desrespeito a princípios e direitos constitucionalmente assegurados, à dignidade humana, à igualdade, ao decoro, à ordem, ao trabalho”.