O vereador Kleybe Moraes (MDB) disse nesta segunda-feira (04/01) que irá fazer ‘oposição responsável’ ao governo interino tocado pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos) em Goiânia. Ele teme uma possível ‘impregnação’ da Igreja Universal que segundo o parlamentar já foi demonstrada no anúncio do secretariado e vai além: há nomes com tendências corruptas no primeiro escalão.
Em entrevista ao Diário de Goiás, Moraes destacou que apesar de terem bons nomes na lista, há outros que parecem ter sido anunciados por “birra” da gestão atual. “ Eu venho um mandato de 4 anos e já havia denunciando e apontando alguns erros tanto que com base de uma denúncia que fiz e em menos de 24 horas o ex-prefeito Iris Rezende demitiu o secretário de finanças na época Alessandro Mello e hoje, não sei se por birra ou porque a atual gestão já chega com corrupção e já coloca de novo o secretário na função. Não sei se por birra ao prefeito Iris Rezende, não sei o motivo”, destacou.
Alessandro retornou após seis meses à secretária de Finanças na gestão Vilela após ser exonerado pelo prefeito Iris Rezende (MDB). Moraes não gostou nenhum pouco dessa nomeação. “Ele é de um grupo que já vem desde a época do Paulo Garcia que tinha como vice o Agenor Mariano, que hoje faz parte da equipe e por onde o Agenor Mariano passa ele leva esse pessoal que é funcionário de carreira de Estado”, ponderou.
Apesar disso, Moraes enxerga bons nomes no secretariado, apesar de não citá-los e vê que Maguito irá fazer uma grande gestão. “Eu sei que ali tem muitos secretários bons, secretários incontamináveis. Vamos fazer uma grande gestão, isso eu não tenho dúvidas. Mas alguns problemas eu tenho que pontuar, mostrar e preservar a prefeitura de Goiânia.”
No entanto, não há diálogo com Rogério Cruz. “Eu não quero contato. Não quero participar dessa gestão. Eu quero trabalhar para aquilo que fui eleito. Eu sou vereador reeleito pelo MDB, o maior partido do Brasil, com mais de 4 mil votos. Quero trabalhar na Câmara, desenvolvendo projetos, investigando e fiscalizando o executivo, cobrando atitudes e mostrando onde estão erros.”
Ele acredita, no entanto, que quando Maguito voltar ao cargo, poderá reatar o contato e ir à base do prefeito. “Depois que o prefeito Maguito Vilela restabelecer e voltar para a prefeitura, aí sim, eu vou ter contato com a gestão. Mas agora, eu não piso no Paço Municipal para nenhuma reunião, nenhuma conversa nesse sentido”, pontuou.
Citado por Moraes, Alessandro Melo foi procurado pela reportagem do Diário de Goiás. Essa matéria será atualizada com a resposta do secretário.