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A Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Repressão contra a Administração Pública (Dercap), investiga o atual vereador e ex-presidente da Câmara de São Simão (biênio 2015/2016) por peculato, que consiste na subtração ou desvio, por abuso de confiança de dinheiro público. Segundo a delegada Mayana Rezende, responsável pela investigação, os desvios podem ultrapassar R$ 171 mil.
De acordo com Mayana Rezende, o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) requisitou a investigação, a partir de uma denúncia. Conforme explicação da delegada, Leopoldo Rodrigues Pereira (MDB), enquanto presidente da Câmara da cidade, firmou contrato com duas empresas do ramo de informática com a condição de que determinada quantidade do dinheiro pago pelo serviço fosse devolvida a ele.
Um dos contratos teve o valor pago de R$ 75 mil, com acordo de devolução de 50%. Já o outro, no valor de R$ 210 mil, tinha devolução de 40%. Além das empresas, ele teria contratado uma funcionária para o cargo de assessora especial da Câmara, com salário inicial de R$ 2,8 mil, no entanto, ela só ficava com R$ 1 mil, e o restante do valor era repassado ao vereador. Posteriormente, a mulher foi promovida a chefe de gabinete e teve o salário aumentado para R$ 4,5 mil, mas continuava recebendo apenas R$ 1 mil.
Outros contratos ainda são estudados, mas, de acordo com Mayana Rezende, os prejuízos podem ultrapassar os R$ 171 mil. Segundo ela, na comparação entre um contrato firmado pelo investigado e um do biênio anterior (2013/2014), houve um aumento superior a 2.000%. A pena por peculato pode variar entre 2 e 12 anos.
Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos na residência de Leopoldo, no gabinete e na casa de um amigo dele. Foram apreendidos um computador e documentos. Ele deve ser ouvido em breve, assim como outros envolvidos na situação, e o caso deve ser repassado a Justiça para as providências cabíveis.