A Venezuela derrubou um avião invasor que tinha decolado em Cozumel, no México, e pousado na divisa com a Colômbia. As Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) atacaram o avião invasor em território venezuelano na sexta-feira (26).
O avião tinha decolado da região turística mexicana de Cozumel, entrou no território venezuelano e chegou a pousar sem autorização quando foi destruído.
Militares venezuelanos divulgaram fotos nas redes sociais de um o jatinho já completamente destruído no solo. O trem de pouso estava acionado, indicando que a aeronave já tinha pousado quando foi atacada.
Pelas redes sociais, o general Domingo Antonio Hernández Lárez, comandante do Comando Operacional Estratégico da FANB, informou que o avião era um “bimotor Gulfstream, branco, matrícula V3-GRS”. A aeronave foi detectada por radares e estava com o transponder desligado. O equipamento serve para emitir sinais que comunicam dados do avião.
Os militares venezuelanos suspeitam que o avião pertencia a grupos de tráfico de drogas e armas. “A Venezuela não será usada como plataforma para tráfico de drogas. A FANB possui toda a tecnologia necessária para tornar a nossa pátria inexpugnável e reagir imediatamente a qualquer entrada não autorizada”, afirmou nas redes sociais.
Ele não informou como houve a interceptação da aeronave ou mesmo se houve mortes e detenções. Imagens postadas na conta das FANB na rede social X (ex-Twitter) parecem indicar que houve interceptação ainda no ar do jatinho por aviões militares venezuelanos.
A área onde ocorreu o incidente é uma região montanhosa coberta de florestas em Zulia. O local faz fronteira com a região colombiana de Catatumbo, importante zona produtora de cocaína do país vizinho, e tem sido usada para a construção de pistas de pouso clandestinas usadas pelo narcotráfico. Por isso os militares da Venezuela derrubaram o avião invasor que tinha vindo do México.
Cartéis mexicanos, como o de Sinaloa, têm estado presentes em Zulia há anos, segundo o site investigativo InSight Crime. As autoridades venezuelanas têm adotado ações crescentes para deter essas operações criminais. Em 2023, pelo menos 38 aeronaves supostamente usadas pera o tráfico de drogas foram destruídas.