As vendas de celulares cresceram 5,9% no Brasil no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a consultoria IDC Brasil.
Foram 12,8 milhões de aparelhos comercializados no período, resultado 3,7% maior que a quantidade vendida no primeiro trimestre do ano.
Um dos principais fatores para o bom desempenho do setor é a reposição de aparelhos, segundo a consultoria.
“O mercado de celulares voltou a apresentar números bem expressivos, principalmente porque o brasileiro está repondo aparelhos comprados há pelo menos três anos, já que esse tem sido o tempo médio de vida da bateria e da tela”, diz o analista de pesquisa do mercado de celulares da IDC para América Latina, Leonardo Munin.
A receita do período, contudo, ficou estável ante o primeiro trimestre em cerca de R$ 13,3 bilhões, devido à queda no tíquete-médio para R$ 1.044 e à forte política de competição entre fabricantes, que têm reduzido preços em até R$ 300.
Considerando os resultados do primeiro e segundo trimestres e a tendência de retomada do mercado, a previsão da consultoria para o acumulado do ano é positiva.
Os especialistas esperam que sejam vendidos 49 milhões de aparelhos neste ano, quantia 12,6% maior em relação a 2016.
Seguindo quase o mesmo ritmo, o mercado brasileiro de PCs teve um crescimento de 5% de abril a junho em relação ao mesmo período de 2016, de acordo com a IDC.
A venda chegou a 1,243 milhão de máquinas no período frente 1,182 milhão comercializadas no segundo trimestre do ano passado.
Levando em consideração o primeiro trimestre, a alta chega a 12%.
A receita no período foi de R$ 2,7 bilhões, queda de 6,4% em comparação ao mesmo trimestre de 2016, porém um salto de 14% em relação ao primeiro trimestre deste ano.
Pelo resultado divulgado, é possível perceber um movimento mais aquecido no setor de notebooks. O filão contabilizou 847 mil máquinas vendidas, 14% a mais do que os 744 mil equipamentos no segundo trimestre de 2016.
Já os aparelhos desktop tiveram queda de 10% nas vendas, com 396 mil neste ano frente 438 mil no trimestre em 2016.
O aumento no consumo da população, que impulsionou o PIB no período, também pode ser visto no setor. O varejo para o consumidor final teve alta de 6%, com 843 mil vendas frente a 795 de abril a junho de 2016.
O valor médio pago pelos clientes seguiu a tendência dos celulares e também teve diminuição na comparação anual. O recuo foi de 11%, observando os R$ 2.177 neste ano frente aos R$ 2.445.
“O crescimento no primeiro semestre de 2017 mostra que o mercado ainda tem fôlego para fechar um bom ano. A liberação do dinheiro do FGTS contribuiu para o aumento nas vendas. Além disso, os fabricantes passaram a oferecer computadores com preços mais acessíveis, em torno de R$ 1.000, o que alavancou o mercado”, diz Pedro Hagge, analista de pesquisa da IDC Brasil.
Ele acredita que movimento trouxe de volta uma parcela da população que não tinha condições de compra e outra que precisava renovar as máquinas.
A expectativa da IDC é que o crescimento no setor seja de 1,2% na comparação com 2016 gere receita de R$ 10,3 bilhões, com 4,55 milhões de equipamentos vendidos -sendo 1,6 milhão de desktops e 2,9 milhões de notebooks. (Folhapress)