Categorias: Economia

Venda de carro cai, mas setor retoma otimismo após reunião com Temer

A queda de 17,1% nas vendas de veículos (inclui ônibus e caminhões) de abril em relação a março foi minimizada pela Anfavea (Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores) nesta sexta (5). A entidade que representa as montadoras instaladas no Brasil retomou o discurso otimista após a reunião feita na última semana com o presidente Michel Temer.

“Apresentamos ao governo uma agenda de longo prazo e destacamos os acordos que estão em fase de conclusão, como o feito com a Colômbia”, diz Antonio Megale, presidente da Anfavea. A associação das fabricantes demonstrou apoio às reformas previdenciária e trabalhista em curso.

O discurso atual visa retomar o bom relacionamento com o governo. A Anfavea viveu seu melhor momento durante a gestão Lula, quando obteve uma sequência de reduções tributárias pontuais, que acabaram resultado em perda de previsibilidade e mudanças de regras que se voltaram contra o setor, além do distanciamento do poder nos anos Dilma.

No cenário atual, a entidade busca estabilidade e destaca a retomada dos investimentos.

“Os primeiros sinais de recuperação da economia já começam a acontecer. A Scania anunciou um investimento de R$ 2,6 bilhões até 2020 em sua fábrica de São Bernardo do Campo. A Volkswagen também anunciou um investimento de R$ 5 bilhões para exportação de motores para o México”, diz Megale.

A produção caiu 18,8% em abril na comparação com março, influenciada pelos 18 dias úteis do mês, cinco a menos em relação ao mês anterior. No acumulado do ano, há alta de 20,9%.

As exportações continuam em destaque. “A cada três veículos produzidos no país, um é enviado a mercados externos”, afirma Megale. O segmento cresceu 64,2% no primeiro quadrimestre em relação a igual período em 2016.

O estoque baseado nas vendas de abril é suficiente para atender a 41 dias de vendas, número considerado adequado para maio pela Anfavea.

ROTA 2030

Na reunião com o governo, a Anfavea apresentou o plano chamado Rota 2030, ou Agenda Automotiva Brasil.

“Nossa intenção é construir o futuro com uma visão de longo prazo, para dar previsibilidade a nossas empresas. O objetivo é estabelecer um plano que contemple ao menos os próximos 10 ou 15 anos. Sofremos muito quando medidas são tomadas de forma intempestiva”, afirma o presidente da Anfavea.

Pontos como eficiência energética, que foi o principal mote do programa Inovar-Auto, devem continuar em destaque. A expectativa da Anfavea é que a nova agenda contemple a restruturação do parque de fornecedores e a volta da discussão sobre renovação de frota.

As novas bases da indústria automotiva devem ser implementadas entre agosto e setembro.

Como esperado, a questão tarifária foi abordada no reunião com Temer.

“Pedimos a simplificação da cobrança tributária. Levantamentos feitos por nos as empresas mostram que o número de pessoas cuidando de questões como recolhimento de impostos é quase o mesmo das divisões que trabalham no desenvolvimento dos carros”, diz Megale. (Folhapress)

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Larissa Laudano

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