O fluxo de armamento em direção à Ásia, à Oceania e ao Oriente Médio aumentou nos últimos cinco anos, de acordo com um relatório publicado nesta segunda-feira (20) pelo Instituto Internacional de Pesquisa pela Paz de Estocolmo (SIPRI, na sigla em inglês).
Os cinco maiores exportadores de armas são os Estados Unidos, a Rússia, a China, a França e a Alemanha, que concentram, sozinhos, 74% do volume total de vendas de armas. As importações de armas pelos países da Ásia e da Oceania aumentaram 7,7%. O documento compara os períodos entre 2007 e 2011 e 2012 a 2016.
A Índia é o maior importador mundial de armas, com 13% do total. Um destaque é o Vietnã, que passou do 29° para o 10° lugar do ranking, com um aumento de 202%.O documento revela ainda que as transferências de armamento pesado entre 2012 e 2016 atingiram seu maior volume desde o fim da Guerra Fria.
No Oriente Médio, as importações de armas dobraram e aumentaram 86%, representando 29% do total mundial. Os países que mais adquiriram armamento na região foram a Árabia Saudita e o Catar, com um aumento de 212% e 245%, respectivamente.
“Nos últimos cinco anos, a maior parte dos estados do Oriente Médio busca, através de importações da Europa e dos EUA, acelerar suas capacidades militares”, disse Pieter Wezeman, pesquisador principal do programa Armas e Despesas Militares do SIPRI. “Apesar da diminuição do preço do barril do petróleo, os países da região continuaram a encomendar mais armas do que em 2016. Eles consideram a medida como um instrumento essencial para enfrentar conflitos e tensões regionais”.
EUA são o principal exportador
Os Estados Unidos continuam sendo o principal exportador, fornecendo armas para pelo menos 100 países em todo o mundo. A Rússia representa 23% das exportações mundiais, sendo que 70% do seu armamento vendido são destinados para a Índia, o Vietnã, a China e a Argélia.
A China exporta de 3,8% a 6,2% e a França e Alemanha 6% e 5,6%. Outro destaque do relatório é a diminuição da compra de armas em 19% pela Colômbia, possivelmente por conta do acordo de paz com as Farc, e um aumento de 184% no México.
As informações são da Radio França Internationale.