Velório de Antonio Candido. (Foto: Tahiane Stochero/G1)
O corpo do crítico literário, ensaísta, professor e sociólogo Antonio Candido, morto aos 98 anos, foi velado no hospital Albert Einstein do Morumbi, em São Paulo, na tarde desta sexta-feira (12).
Entre os presentes estava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi cumprimentado por alunos da USP e aparentou estar emocionado. Ele entrou pelos fundos do hospital e não concedeu entrevista à imprensa.
O velório recebeu outros políticos, como o ex-secretário da Cultura Carlos Calil e o ex-ministro da Defesa Celso Amorim. Olga Futemma, coordenadora-geral da Cinemateca, também esteve presente.
Marina de Mello e Souza, filha de Candido, destacou a “generosidade, integridade e coerência” do pai durante o velório. “Ele agia na intimidade com o próprio pensamento, ele tinha um respeito ao próximo, à diferença, valores que o mundo contemporâneo não tem. Ele dizia que havia sido expulso do mundo”, afirmou.
“O que importa nesse momento é o símbolo de uma geração que sonhava com um país justo e igualitário. Meu pai estava triste, muito surpreso com a direção que o mundo estava tomando. Ele era uma pessoa extremamente discreta. Representa um mundo de crença na igualdade que não aconteceu. Meu pai era um otimista.”
A ex-prefeita de São Paulo e deputada federal Luiza Erundina também compareceu e relembrou a amizade com Candido. “Nos éramos muito amigos, nos momentos críticos, polêmicos e de grandes decisões a gente sempre recorria a ele para conselhos. Ele era um companheiro, nos formou politicamente”, disse.
“Ele morreu lúcido, falando das coisas, pensando no país, e para nós sempre será uma inspiração. Sonhamos juntos e acreditamos nas mesmas coisas juntos. Foi um grande pensador brasileiro.”
O deputado federal Ivan Valente ressaltou que “a doença de Candido era uma incógnita aos amigos”. O crítico literário, segundo a família, morreu em decorrência de complicações de uma obstrução gástrica.
“Estou aqui [no velório] manifestando minha emoção pela morte de uma das maiores inteligências deste país. Ele, junto com Florestan Fernandes e Sérgio Buarque de Holanda, foi um desses gigantes que maturam o pensamento nacional. Vai fazer muita falta”, disse o deputado.
“Antonio Candido é uma pessoa de uma fidelidade, delicadeza, uma figura doce que conversava com todos em matéria de política. Era uma pessoa crítica, consciente, um homem que vai marcar o tempo. Trabalhava para uma sociedade igualitária e marcou uma geração inteira de críticos literários. Ele acompanhava o dia a dia da política e ao mesmo tempo passava uma humildade e uma delicadeza muito grande. É um lutador da liberdade.”
No sábado (13), o corpo de Antonio Candido será cremado em uma cerimônia só para familiares e amigos próximos. Ele deixou orientações para que suas cinzas sejam misturadas às de sua mulher, Gilda de Mello e Souza, morta em 2005. Depois, as cinzas do casal ficarão em um jardim. (Folhapress)
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