Preso nesta quarta-feira (3) por operar o esquema de falsificação de cartões de vacinação de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid testemunhou uma série de propostas de golpe feitas por aliados do ex-presidente quando perdeu a eleição de outubro de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A ideia, segundo informações conseguidas pela jornalista Andrea Sadi do G1, era a de “virar o jogo” para impedir o petista de chegar ao poder.
Fontes disseram que Mauro Cid afirmou que diversos aliados de Bolsonaro, assim que foi derrota, o visitaram para apresentar as tais propostas de golpe. Dois destes seriam um ministro de nome não revelado e, o outro, o ex-deputado federal Daniel Silveira, expulso do PTB.
Destas propostas testemunhadas por Mauro Cid, estariam o uso do famoso “Artigo 142” da Constituição, o qual Olavo de Carvalho, que morreu em 2022, tanto falava: a chamada “intervenção militar”. Outras propostas de golpe envolviam intervenção no judiciário com a prisão de Alexandre de Moraes e demais ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e, até mesmo a convocação de novas eleições.
Acredite se quiser, nessas ideias, o voto seria impresso e, claro, garantiria uma vitória de Bolsonaro. Mesmo assim, nos relatos de Cid, Bolsonaro apenas teria ouvido as propostas, sem aceitá-las.